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Pleno.News - 16/10/2022 21h26 | atualizado em 17/10/2022 13h54

Lula e Bolsonaro participam de debate, na Band Foto: Reprodução/Band

Durante o primeiro debate do segundo turno da eleição para o Planalto, neste domingo (16), o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trocaram acusações sobre envolvimentos com o tráfico de drogas e milícia.

O embate começou após Bolsonaro questionar o petista sobre a não transferência de Marcola, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), para um presídio de segurança máxima durante a gestão de Geraldo Alckmin (PSB), hoje candidato a vice de Lula, no estado de São Paulo.

– Chega de mentira, vamos passar para outro assunto aqui. Em 2006, 59 policiais foram executados aqui no estado de São Paulo. E por que isso? Porque teriam que transferir o Marcola para um presídio de segurança máxima. (…) O seu governo não transferiu o Marcola. Pelo que tudo indica, fez um acordo com o Marcola e com seu [Geraldo] Alckmin, que era governador de São Paulo naquele tempo. (…) Teve que eu chegar, em 2019, juntamente com o ministro Sergio Moro para que nós, então, tirássemos o Marcola de um presídio estadual aqui em São Paulo e mandássemos para um presídio federal, num regime todo especial sem qualquer comunicação com o mundo exterior. Rapidamente, começou a cair o número de mortes violentas em nosso país. Por que você não transferiu o Marcola, em 2006, já que tinha um pedido do MP estadual para fazer isso? Era simpatia, amizade ou um grande acordo, naquele momento juntamente com o seu atual vice, Geraldo Alckmin? – questionou Bolsonaro.

O petista respondeu dizendo que o adversário é “amigo dos milicianos”.

– O candidato sabe que quem cuida de crime organizado não sou eu. (…) Cinco prisões de segurança máxima foram feitas no meu governo. E se o Alckmin não quis transferir, é porque ele tinha razão para não transferir. (…) Os bandidos você sabe onde tá. (…) Acha que os grandes bandidos estão na favela. Os grandes bandidos estão em lugar dos ricos. Os pobres são trabalhadores – falou Lula.

Bolsonaro rebateu, dizendo que Lula teve maior votação no primeiro turno em presídios e citando a visita do petista ao Complexo do Alemão, no Rio, na semana passada.

– Seu Lula, amizade com bandido. Eu conheço o Rio de Janeiro. O senhor esteve no Complexo do Salgueiro. Não tinha nenhum policial ao seu lado, só traficante. (…) E quando a gente volta para o Marcola, o Marcola foi flagrado, teve ligação telefônica grampeada, e ele diz ali… chama o senhor de um palavrão, que eu não vou falar aqui, e diz que prefere o senhor do que a mim. Essa é a verdade. Fazer presídio e deixar os amigos soltos, em outro presídio comandando o crime, isso é um crime, seu Lula – disse o chefe do Executivo.

Em seguida, o petista afirmou que não foi votado nos presídios.

– Eu não fui votado nos presídios. Eu fui votado pelo povo brasileiro. Eu tenho 6 milhões de votos a mais que você, com toda essa gastança que você fez. (…) Eu sou o único candidato à Presidência da República que tem coragem de entrar numa favela sem colete de segurança. E não é agora não. Quando eu era presidente, eu entrava, no Rio de Janeiro. E as pessoas falavam: “Vai com cuidado” – argumentou.

*Com AE

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