Henrique Gimenes - 16/04/2020 20h32

Nesta quinta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre o combate ao coronavírus no Brasil e afirmou que, embora a cloroquina ainda não tenha comprovação científica contra a Covid-19, o medicamento “pode ser eficaz”. A declaração foi dada durante sua transmissão ao vivo pelo Facebook.

Ao lado do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, o presidente disse que vê o remédio sendo aplicado por muitos médicos no Brasil.

– Essa discussão agora da cloroquina. A cloroquina pode dar certo. Eu falo isso porque não temos comprovação ainda (…) O que vejo no Brasil, muitos médicos aplicando a cloroquina, afinal de contas, é um remédio que vem sendo utilizado para o combate à malária, à artrite e ao lúpus. Os relatos que estamos tendo é que tem ajudado. E a comprovação é lá na frente. Agora é aquela velha história, se uma pessoa foi picada de cobra, e você não sabe se aquele soro vai salvá-la ou não, o que você faz? Deixa a pessoa morrer ou aplica o soro que pode dar certo? – questionou.

Ele ressaltou, no entanto, que não está determinando que a cloroquina seja utilizada contra a Covid-19.

– Então a cloroquina não é uma imposição minha, nem um decisão de quem quer que seja. É algo que pode ser eficaz. E no meu entendimento, não sou médico, é algo que pode ser aplicado. Obviamente com um receituário médico – apontou.

Ao final da live, o presidente ressaltou que suas decisões foram tomadas pensando sempre no melhor para o Brasil.

– Não é fácil tomar decisões, mas eu tenho que tomar decisão. É um jargão militar, pior que uma decisão não tomada, é uma indecisão. Sabemos que podemos errar, mas vamos buscar fazer o melhor para o Brasil. Para que a gente venha a vencer logo essa etapa. Não sabemos ainda se vão aumentar o número de óbitos no Brasil, mas é uma realidade, você vai ter que enfrentar isso aí (…) Mas isso vai passar. Deus está conosco. Acredito no Brasil. Acredito nos homens e mulheres que estão ao nosso lado nos mais variados ministérios. Em especial agora o que tem mais visibilidade, o nosso Ministério da Saúde – concluiu.

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