Bolsonaro celebra avanço de lei que fará preso “se bancar”
Projeto segue para votação em plenário
Gabriela Doria - 12/02/2020 19h39 | atualizado em 13/02/2020 01h07
O presidente Jair Bolsonaro comemorou em suas redes sociais a aprovação, no Senado, de um projeto de lei que faz com que presos banquem as próprias despesas enquanto estiverem sob custódia do Estado.
– Humildemente parabenizo a Comissão de Constituição e Justiça do Senado por dar um grande passo aprovando o projeto de lei que obriga presos a bancarem suas despesas enquanto encarcerados. A matéria agora segue para plenário – escreveu o presidente.
O projeto de lei, de autoria do ex-senador Waldemir Moka (MDB-MS), foi aprovado em comissão no Senado nesta quarta-feira (12). Caso seja aprovado em todas as fases, o PL irá altera a Lei de Execução Penal e obrigará o preso a ressarcir o Estado pelas despesas provenientes da sua “manutenção no estabelecimento prisional”.
O relator do projeto, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), determinou que os presos que não tenham condições de estornar os recursos ao Estado “somente estará obrigado ao ressarcimento quando o estabelecimento prisional lhe oferecer condições de trabalho”. Outra regra prevê que, caso trabalhe, “o desconto mensal não excederá um quarto da remuneração recebida”.
Já para o preso que possuir condições de devolver os recursos ao Estado, “o ressarcimento independerá do oferecimento de trabalho pelo estabelecimento prisional”, ou seja, o detento terá que pagar a dívida trabalhando ou não.
Caso o pagamento não seja realizado, o débito pode se tornar “dívida ativa da Fazenda Pública”.
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