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Bolsonaro: ‘Boto minha cara no fogo pelo Milton. Uma covardia’

Em sua live semanal, presidente falou sobre a polêmica envolvendo o ministro da Educação

Henrique Gimenes - 24/03/2022 20h22 | atualizado em 25/03/2022 09h40

Presidente Jair Bolsonaro em sua live semanal Foto: Reprodução/Print de vídeo publicado por Jair Bolsonaro nas redes sociais

Em sua tradicional live desta quinta-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a suposta influência de pastores no Ministério da Educação (MEC) e disse ter total confiança no ministro Milton Ribeiro. Para Bolsonaro, estão cometendo uma “covardia” com seu ministro da Educação.

A declaração foi dada ao comentar uma gravação divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo na noite de segunda-feira (21). De acordo com o veículo, dois pastores teriam influenciado o repasse de verbas do Ministério da Educação (MEC), Gilmar Santos e Arilton Moura. Além disso, Milton Ribeiro ainda disse que a medida era um pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Em nota, o ministro explicou o áudio e disse que, “diferentemente do que foi veiculado, a alocação de recursos federais ocorre seguindo a legislação orçamentária, bem como os critérios técnicos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação”. De acordo com ele, não existe “possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”. Além disso, Milton Ribeiro ainda afirmou que “o Presidente da República não pediu atendimento preferencial a ninguém”.

Ao comentar o episódio, Bolsonaro afirmou que a Controladoria-Geral da União (CGU) recebeu documentos enviados pelo ministro da Educação sobre possíveis denúncias de irregularidades em sua pasta. O presidente explicou que o caso foi investigado, chegando à conclusão de que não tinha a participação de nenhum servidor público.

– Por que não tem corrupção no meu governo? Por que a gente age dessa maneira. A gente sempre está um passo à frente. Ninguém pode pegar alguém e dizer “oh, você está desviando”. Tem que ter prova. Senão, é uma ação contra a gente. O Milton tomou as providências. E aí, alguns falam: “Ah, ele tinha 19 agendas [com os pastores]”. Se ele tivesse armando, não teria botando na agenda oficial, aberta ao público. É muito simples. Quando o cara quer armar, ele vai para uma piscina, vai em um fim de mundo aí, vai para uma praia, vai para o meio do mato. É assim que ele age. Não coloca na agenda, o nome do corruptor – ressaltou.

Em seguida, o presidente disse ter total confiança no ministro.

– O Milton, coisa rara de eu falar aqui, eu boto a minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele. A PF já abriu um procedimento para investigar o caso também, que está na esteira do que a CGU vinha fazendo. Agora, tem gente que fica buzinando, faz chegar para mim: “Manda o Milton embora, já tem um bom nome para botar aí”. Tem gente que quer botar alguém lá, mas não fala publicamente – apontou.

Por fim, Bolsonaro também falou sobre a cobertura do episódio pela imprensa.

– Algumas televisões, como a Globo, têm um ranço com evangélicos e aproveitam para potencializar – destacou.

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