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Bolsonaro: Artistas aderem carta pois “rodaram” na Lei Rouanet

Presidente voltou a criticar signatários do documento nesta quinta-feira

Gabriel Mansur - 04/08/2022 17h36 | atualizado em 04/08/2022 17h52

Jair Bolsonaro Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar os signatários da carta em favor da democracia nesta quinta-feira (4). Os alvos da vez foram os artistas que aderiram ao manifesto. Segundo o chefe do Executivo, o grupo está insatisfeito pois “recebia milhões da Lei Rouanet”.

A fala ocorreu durante agenda com pastores evangélicos, em São Paulo. Esse foi mais um dos questionamentos que o candidato à reeleição tem feito contra o documento nos últimos dias. Ele já chamou o manifesto de “cartinha”, empresários adeptos de “mamíferos” e também ressaltou que parte dos banqueiros só assinou a carta “porque perderam cerca de R$ 40 bilhões em taxas após a criação do Pix”.

– Essas pessoas que assinaram a cartinha em defesa da democracia agora, muitos artistas que pegaram por ano até R$ 10 milhões da Lei Rouanet, rodaram. A gente tinha que atender o pessoal mais humilde. Agora se arvoram como defensores da democracia – afirmou em discurso.

O presidenciável também afirmou que, na época da pandemia, em que considera terem havido medidas excessivas de lockdown, ninguém se apresentou em defesa da democracia.

– Naquela época, ninguém assinou cartinha defendendo a democracia. Agora, tem pessoas assinando cartinhas pela democracia para dizer que eu não sou democrata. Eu não me omiti em nenhum momento durante a pandemia, até o fato de andar sem máscara é para mostrar que nós devemos nos preocupar com o vírus, sim, mas não podemos nos acovardar – completou.

O documento ao qual Bolsonaro se refere é organizado por juristas e pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP). O texto contava com mais de 740 mil assinaturas nesta quinta-feira.

Em resposta à carta, advogados alinhados ao presidente também elaboraram um abaixo-assinado em defesa de Jair Bolsonaro e das liberdades individuais. O texto, que argumenta que “não há democracia sem respeito às liberdades”, tinha mais de 774 mil signatários também até a tarde desta quinta.

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