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Bolsonaro ao TSE: “Me julgue como julgou chapa de Dilma”

Ex-presidente montou defesa baseada na jurisprudência da própria Corte

Thamirys Andrade - 21/06/2023 13h38 | atualizado em 21/06/2023 18h29

Jair Bolsonaro Foto: Alan Santos/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, nesta quarta-feira (21), a ação que pode deixá-lo inelegível e que será julgada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quinta (22). Ele indicou que sua defesa terá uma linha baseada no caso da chapa Dilma-Temer, que também passou por análise na Corte Eleitoral e, por fim, não foi derrubada.

– Isso é péssimo para a democracia, se eu for julgado diferente da chapa Dilma e Temer em 2017. Espero que ele haja com imparcialidade, juntamente com o tribunal como um todo, porque os fatos são exatamente os mesmos. Me julgue a exemplo do que foi julgado na chapa Dilma Temer – declarou ele a jornalistas.

Em 2017, o TSE analisou uma ação do PSDB contra suposto abuso de poder político e econômico contra a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB). Bolsonaro aponta que, à época, a Corte decidiu desconsiderar novas provas apresentadas depois que a ação já havia sido protocolada.

O ex-presidente quer que o TSE se atenha apenas ao fato principal do processo – sua reunião com embaixadores na qual criticou as urnas eletrônicas – e desconsidere fatos posteriores.

– Se o Alexandre de Moraes seguir os precedentes e o que aconteceu em 2017, eu vou ser absolvido também. Não tem porque cassar os meus direitos políticos por causa da reunião com embaixadores. É só julgar com a mesma jurisprudência de 2017 que essa ação será arquivada – acrescentou.

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Na ocasião de sua fala, Bolsonaro estava saindo de uma visita ao gabinete do filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ele estava acompanhado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e da deputada Bia Kicis (PL-DF).

O ex-líder do Planalto ainda pediu que o ministro Benedito Gonçalves, que já votou pela sua inegibilidade, reconsidere.

– Seu Benedito é uma pessoa de coerência. Digo, respeitosamente, prezado sr. Benedito, presidente de uma Corte respeitável como o STJ [Superior Tribunal de Justiça], o seu voto não pode ser dessa forma – declarou.

Bolsonaro ainda deixou em aberto a possibilidade de se candidatar ou não nas eleições de 2024 ou 2026 e destacou que quer manter seus direitos políticos.

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