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Bia Kicis: “Temos obrigação de proteger o cidadão de bem”

Deputada concedeu entrevista ao Pleno.News, na noite desta quinta

Pleno.News - 03/09/2020 21h33 | atualizado em 15/09/2020 13h48

Deputada federal Bia Kicis Foto: Agência Câmara/Pablo Valadares

A deputada federal Bia Kicis foi a convidada da live do Pleno.News, nesta quinta-feira (3). Em conversa com a editora Virgínia Martin, a parlamentar comentou sobre vários assuntos, iniciando pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê mudanças no funcionalismo público do país. O texto foi entregue, nesta quinta, pelo ministro Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

– É muito importante. Não temos como fazer uma reforma tributária verdadeira sem fazer uma reforma administrativa. Pelo que vi, em linhas gerais, é importante dizer que os servidores, aqueles que já estão trabalhando, não serão atingidos. Todos os direitos garantidos estão preservados. Essa é uma PEC para os que não ingressaram – disse.

Kicis explicou ainda o que muda com a proposta.

– Vai ter o enxugamento da máquina. Tem muita coisa para mudar, mas é importante ressaltar que para quem já é servidor não tem diminuição de salário. É uma nova forma de lidar com o serviço público, para buscar mais eficiência. Diminuir a arrecadação não faz frente às despesas obrigatórias, como folha de pagamento do pessoa. Se trata de buscar mais equilíbrio entre o serviço público e a iniciativa privada para baratear o serviço público e dar mais vantagem na diminuição de impostos para todos os brasileiros.

A parlamentar falou ainda sobre a questão da maconha medicinal e sobre tudo o que envolve a liberação do uso.

– Uma coisa é autorizar o uso do Canabidiol, que é uma substância da maconha, que ajuda no tratamento de algumas doenças raras. Para essas, a Anvisa já autorizou a utilização. Mas tem gente que quer ir além disso. Estão propondo a liberação da plantação para fins medicinais. Existe um problema de que um remédio, hoje, chega muito caro ao Brasil. Então, o que estamos propondo é que o SUS garanta esse medicamento de graça. Quem é criança de acreditar que realmente vão plantar para fins medicinais? A maconha tem consequências seríssimas. É preciso cuidar das famílias. O Estado não pode liberar o plantio da maconha porque tem um grupo minoritário que quer isso.

Outro assunto abordado foi a castração química de estupradores. A deputada esclareceu detalhes a respeito do tema.

– Muita gente tem um entendimento equivocado do que seria essa castração química. [Se trata de] você, por intermédio de medicamento, tirar a libido da pessoa. Isso é temporário e depois de um tempo a pessoa tem que tomar de novo. A castração não é obrigatória, ele [o estuprador] terá que optar por isso para poder mudar de regime. Se ele quiser ficar preso, ele fica, mas se quiser sair, se submete à castração química, que já existe em outros países e funciona. Não é nenhuma violação. Mas temos também que parar de pensar no criminoso e passar a pensar nas vítimas que não são alvos dos progressistas que defendem bandidos. Vocês viram aí líderes do tráfico de drogas serem liberados na pandemia. Tornozeleira não impede. Temos que pensar nas mulheres e crianças que são estupradas. Temos obrigação de proteger o cidadão de bem. Além precisa pensar nas pessoas que estão sendo vítimas dos criminosos.

Pleno.News Entrevista
Bia Kicis
por Pleno.News - 15/09/2020

Sobre acusações a respeito de fake news, Kicis contou um episódio em que foi vítima de uma notícia falsa.

– Eu acordei, um dia, com a notícia na CNN Brasil de que a polícia estava na minha casa, apreendendo meu celular Acho que eles pegaram uma fonte que passou notícia errada. penso que, hoj em dia, a gente não tem tempo de checar tudo. Mas depois, quando vê que errou, a gente se retrata. Mas a imprensa não faz isso. E existe um inquérito no Supremo que trata os apoiadores de Bolsonaro como pessoas que espalham fake news. Criaram essa mentira de que um lado fala a verdade e o outro fala mentira. Me recuso a acreditar em uma verdade oficial – falou.

Ela criticou ainda a indicação do PSL para Joice Hasselmann como candidata à Prefeitura de São Paulo.

– Só tenho a lamentar. Ela se queimou pelas próprias atitudes.Todo mundo tem direito a subir na vida, mas tem que ser com respeito. Ela se mostrou uma pessoa sem escrúpulos e o povo não é bobo. Acho que foi uma bola fora do PSL. Lamentável porque tinha outros candidatos muito melhores.

Bia falou ainda sobre a operação Lava Jato.

– É um patrimônio do Brasil. Tem que continuar e tem que conter excessos. O trabalho que foi feito foi fantástico. os resultados foram muito importantes. Coibindo excessos, tem que continuar.

A deputada encerrou a entrevista revelando o sonho de chegar ao Senado.

– Estou no meu primeiro mandato como deputada e gosto muito do que faço. Tenho o sonho de depois migrar para o Senado, mas não sei se na próxima eleição ou na outra.

* Você pode ouvir a entrevista com a deputada federal Bia Kicis no Pleno.News, no Spotify, na Deezer, no Google Podcasts e no Apple Podcasts.

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