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Barroso volta a atacar Bolsonaro: “A mentira já está pronta”

Presidente do TSE ainda chamou críticas do chefe do Executivo ao sistema eleitoral de "discurso vazio"

Paulo Moura - 13/02/2022 15h09 | atualizado em 14/02/2022 12h38

Ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, voltou a atacar o presidente Jair Bolsonaro em uma entrevista publicada neste domingo (13) pelo jornal O Globo. Em uma declaração feita sobre as críticas do presidente da República ao sistema eleitoral, Barroso disse que Bolsonaro “não precisa de fatos” e que “a mentira já está pronta”.

– Ele [presidente Jair Bolsonaro] antecipou a estratégia dele, que é: não importa quais sejam as respostas, eu vou dizer que o sistema eleitoral eletrônico tem vulnerabilidades. Ele não precisa de fatos; a mentira já está pronta – disse Barroso.

Em outro momento da entrevista, o presidente do TSE chamou as críticas do chefe do Executivo de “filme repetido” e acusou Bolsonaro de não ter apresentado qualquer prova de fraude contra o sistema eleitoral. Barroso disse ainda que as denúncias de Bolsonaro são “apenas um discurso vazio”.

– O presidente tinha dado a palavra de que esse assunto estava encerrado. Chegou a elogiar o sistema de votação eletrônico brasileiro. O filme é repetido, com um mau roteiro. Não há nenhuma razão para assistir à reprise. Antes, o presidente dizia que tinha provas de fraude. Intimado a apresentá-las, não havia coisa alguma – declarou.

Por fim, Barroso atacou os movimentos populares recentes que levaram às ruas diversas críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal, como as manifestações realizadas no dia 7 de setembro. Para o presidente do TSE, os atos revelaram limitações “cognitivas e baixa civilidade”.

– Comício do presidente na porta do quartel-general do Exército, tanques na Praça dos Três Poderes, a minguada manifestação do 7 de setembro com discursos golpistas de desrespeito a decisões judiciais e ataques a ministros. Tudo isso eu acho que mais revela limitações cognitivas e baixa civilidade do que propriamente um risco – finalizou.

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