Barroso prorroga inquérito sobre senador Chico Rodrigues
Parlamentar, que foi flagrado com dinheiro na cueca, é investigado por suposta fraude durante a pandemia
Pleno.News - 20/06/2022 21h14 | atualizado em 21/06/2022 11h52
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, prorrogou por mais 60 dias a investigação que mira os senadores Chico Rodrigues (União Brasil-RR) e Telmário Mota (PROS-RR). Os dois parlamentares são investigados por suposto envolvimento em fraudes e desvio de verbas destinadas ao combate da pandemia da Covid-19 em Roraima. As informações são do Estadão.
A decisão atende um pedido da Polícia Federal (PF), que argumentou que ainda há diligências pendentes no âmbito do inquérito, entre elas a renovação do interrogatório do senador Chico Rodrigues.
A investigação foi aberta em setembro de 2020, para apurar fraudes na aquisição de kits de testes rápidos para detecção da Covid-19 e em irregularidades no processo de compra de centrais de ar-condicionado para a maternidade de Rorainópolis. Em outubro do mesmo ano, a PF chegou a abrir uma fase ostensiva das apurações. Na época, Rodrigues escondeu R$ 33,1 mil na cueca durante uma abordagem.
Quando solicitou a abertura da chamada Operação Desvid-19, a PF disse que Rodrigues integraria um dos núcleos políticos do grupo criminoso que foram identificados ao longo das investigações. A corporação também detalhou suspeitas que recaem sobre o parlamentar, centradas na ligação de Chico com a empresa Quantum, que teria fechado contrato com sobrepreço de R$ 956 mil com a Secretaria de Saúde de Roraima para o fornecimento de testes rápidos para diagnóstico do novo coronavírus.
Já o senador Telmário Mota é autor de emenda parlamentar com o objetivo da aquisição das centrais de ar-condicionado.
Leia também1 Câmara marca sessões sobre cassação de vereador petista
2 TSE rejeita ação do PL contra o PT por propaganda antecipada
3 Senado deve votar PEC de ICMS do diesel na próxima semana
4 Zezé Di Camargo questiona TSE sobre transparência nas urnas
5 PCO chama Moraes de "ditador" e defende "dissolução do STF"