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Barroso: ‘Militar em comissão do TSE esvazia discurso de golpe’

Em entrevista, ministro do STF falou sobre a Comissão de Transparência das Eleições

Henrique Gimenes - 28/09/2021 16h39 | atualizado em 28/09/2021 17h17

Ministro Luís Roberto Barroso, do STF Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Em entrevista à revista Veja, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), falou sobre a criação da Comissão de Transparência das Eleições e explicou que a presença de um militar no grupo “esvazia o eventual discurso de golpe”.

A comissão foi criada pelo ministro para acompanhar cada etapa do processo eleitoral em 2022 e terá, como integrante, o general de divisão do Exército e comandante de Defesa Cibernética, Heber Garcia Portella. O nome foi indicado pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto.

Ao falar sobre a presença de um militar na comissão, Barroso explicou que as Forças Armadas também são um segmento representativo da sociedade.

– Você só dá golpe com as Forças Armadas. Se você tem alguém acompanhando todo o processo e dizendo que tudo é transparente e limpo, você esvazia o eventual discurso de golpe […] Estávamos chamando segmentos representativos da sociedade, e as Forças Armadas são segmento representativo também, com expressiva credibilidade junto à população – ressaltou.

A comissão terá ainda a participação de membros da sociedade civil, do Tribunal de Contas da União (TCU), da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF). À revista, Barroso explicou que sua iniciativa tem por objetivo garantir a lisura do processo eleitoral.

– Depois de uma repetição diária, criou-se em 20 e poucos por cento da população uma dúvida. Claro, um líder representativo falando todos os dias […] Então, embora não haja nenhuma dúvida, seja auditável do primeiro ao último passo, com a participação de partidos, do Ministério Público e da Polícia Federal, eu ainda assim tive a ideia de montar uma comissão de transparência das eleições – apontou Barroso.

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