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Barros diz que TSE ‘pagará preço’ por ser contra o voto auditável

Líder do governo na Câmara afirmou que a Corte perdeu a oportunidade de fazer uma mediação

Paulo Moura - 15/08/2021 13h31 | atualizado em 15/08/2021 14h07

Deputado federal Ricardo Barros Foto: Agência Brasil/José Cruz

O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai “pagar o preço” de ser contra a proposta do voto impresso auditável no país, como defendido pelo presidente Jair Bolsonaro. A fala foi publicada no sábado (14), em uma entrevista dada por ele ao jornal Folha de São Paulo.

– O TSE perdeu a oportunidade de fazer uma mediação, através do presidente Lira ou do senador Ciro [Nogueira, atual ministro da Casa Civil], para chegar a um meio-termo e encerrar o assunto. Eles quiseram manter o assunto, vão pagar o preço – disse.

Na última quinta-feira (10), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabeleceria a adoção do voto impresso foi negada na Câmara por 218 votos contrários, 229 favoráveis e uma abstenção. Apesar de ter mais votos favoráveis do que contrários, a PEC precisava do apoio de 308 parlamentares para ser aprovada.

Barros classificou o resultado, mesmo com a reprovação do projeto, como favorável ao presidente Bolsonaro, pois “mostrou força”. Assim como apontado pelo chefe do Executivo, o deputado afirmou que a proposta não teve resultados melhores devido à “pressão do Judiciário”.

– Evidentemente não tinha os 308 votos em função da pressão exercida pelo Judiciário nos partidos. Mas deixou o presidente com um discurso que agrega, que tem maioria na opinião pública e que é totalmente racional: dar mais transparência na eleição – apontou.

Perguntado se Bolsonaro não aceitará o resultado das eleições presidenciais de 2022 diante do quadro atual, Barros afirmou que essa hipótese deveria ter sido “ponderada pelo TSE”. O líder do governo da Câmara ainda afirmou que “quem está mantendo a corda esticada é o TSE”.

– O TSE deveria ter ponderado sobre isso e ter feito um acordo no texto. Essas concessões que o ministro [Luís Roberto] Barroso [presidente do TSE] quer fazer agora graciosamente, por sua livre iniciativa, poderiam ter sido objeto desse acordo. Quem está mantendo a corda esticada é o TSE. E para o presidente Bolsonaro isso é bom – finalizou.

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