Banco do Brasil afirma não ter “intenção” de deixar a Febraban
Instituição ameaçou deixar a entidade devido ao apoio a um manifesto que teria ataques ao governo
Henrique Gimenes - 03/09/2021 14h40 | atualizado em 03/09/2021 15h35

Após a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) manifestar apoio a um manifesto em defesa da democracia, o Banco do Brasil (BB) informou, nesta sexta-feira (3), que não pretende deixar a federação. A instituição chegou a ameaçar sair da entidade por considerar que o manifesto trazia ataques ao governo.
Em nota, o BB informou que “após negociações respeitosas entre os membros da Febraban, ocorridas nesta semana, e reconhecendo o esforço empreendido por todos na busca pelo diálogo e por soluções mediadas, como é tradição na Febraban, o Banco do Brasil esclarece que não tem intenção de se desassociar da Federação”.
Além do Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal também considerou sair da federação. O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que inicialmente o manifesto seria em defesa da democracia, mas a Febraban teria feito sugestões, e o texto passou a ser um “ataque ao governo”.
Na noite desta quinta-feira (2), a Febraban reafirmou “o apoio emprestado ao manifesto A Praça é dos Três Poderes, cuja adesão se deu, desde o início, dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no país”.
Sobre o episódio, o Banco do Brasil disse acreditar que ele “poderá, ao final, contribuir para reforçar mecanismos internos na Federação que favoreçam o diálogo e reforcem o papel da Febraban como importante agente de desenvolvimento do país”.
Leia a íntegra da nota do BB:
Após negociações respeitosas entre os membros da Febraban, ocorridas nesta semana, e reconhecendo o esforço empreendido por todos na busca pelo diálogo e por soluções mediadas, como é tradição na Febraban, o Banco do Brasil esclarece que não tem intenção de se desassociar da Federação e reafirma seu respeito pelos pares e sua admiração pela importante história construída pela Federação em seus mais de 50 anos de existência.
“Chegamos a um entendimento que é fruto de discussões respeitosas entre as partes e que não inibe a livre expressão de qualquer membro da Federação. O comunicado da Febraban, por um lado, reafirmou sua convicção pelo conteúdo pacífico e equilibrado do manifesto e, por outro, acena ao BB e à CEF quando registra a desvinculação do movimento liderado pela FIESP, contribuindo para a solução do impasse”, disse Fausto Ribeiro, presidente do BB.
O BB também acredita que o episódio poderá, ao final, contribuir para reforçar mecanismos internos na Federação que favoreçam o diálogo e reforcem o papel da Febraban como importante agente de desenvolvimento do país.
Leia também1 Febraban mantém apoio a manifesto que teria ataques ao governo
2 "Bancos públicos não são do presidente", diz vice da Câmara
3 Febraban nega ter sugerido ataque ao governo em manifesto
4 "Febraban teria sugerido ataque ao governo em manifesto"
5 Manifesto político pode levar à saída de Caixa e BB da Febraban