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Aziz perde a paciência na CPI: “Tudo agora é não me toque”

Advogado da Precisa Medicamentos não respondeu a nenhuma pergunta da Comissão

Monique Mello - 18/08/2021 17h27 | atualizado em 18/08/2021 17h57

Omar Aziz, presidente da CPI da Covid Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), irritou-se com o depoente desta quarta-feira (18), o advogado da Precisa Medicamentos, Túlio Silveira. O advogado obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de permanecer em silêncio sobre fatos que possam incriminá-lo.

– Exercerei o direito inalienável ao silêncio, pois estou na condição de investigado, haja vista as medidas cautelares que foram imputadas contra mim. Meu sigilo telemático e telefônico foi quebrado por esta CPI. Vários ofícios foram encaminhados às entidades correspondentes, e, por essa razão, me encontro, de fato, como investigado – disse Silveira.

Após sucessivas perguntas do relator Renan Calheiros sem respostas de Silveira, Aziz perdeu a paciência e não escondeu sua frustração.

– Tem aqui um habeas corpus dizendo que ele não pode ser constrangido. Está todo protegido, todo “não me toque”. Cheio de “não me toque” e querem que a gente investigue com a anuência de quem quer que seja – esbravejou.

Silveira argumentou que pode ficar em silêncio para não ferir o sigilo profissional de sua relação de advogado da Precisa Medicamentos.

– O que estamos fazendo aqui é investigando. A gente não investiga as Forças Armadas, não investiga a OAB, as igrejas católicas e evangélicas, mas pessoas que estão envolvidas com falcatruas, sejam elas pessoas que estão dentro das Forças Armadas, dentro de igrejas, dentro da OAB – continuou Aziz

Antes de suspender a sessão para intervalo, Aziz afirmou que tomaria “providências” sobre a situação.

– Eu prefiro que o senhor me desrespeite e me responda. Mas acaba com esse “com todo respeito” porque isso é falta de respeito. Eu vou suspender a sessão, e depois a gente conversa. Eu vou tomar algumas providências – disse o senador.

Providências tomadas, após a sessão retornar e se encaminhar para o encerramento, a comissão decidiu tornar Túlio Silveira investigado da CPI.

De acordo com Calheiros, o “silêncio constrangedor do depoente” foi o motivo.

– Ecoava indícios de participação em prováveis negociações – disse o relator.

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