Aziz afirma que quebra de sigilo da Jovem Pan não será votada
Presidente da CPI da Covid reconheceu que não há "nenhum fato" que justifique o rompimento
Pleno.News - 03/08/2021 12h38 | atualizado em 03/08/2021 13h06

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid recuou e decidiu retirar da pauta a quebra do sigilo bancário da rádio Jovem Pan. O requerimento, apresentado pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), provocou críticas de outros senadores e de organizações de veículos de imprensa.
A decisão foi anunciada pelo presidente da CPI, Omar Aziz. Ele afirmou que não há “nenhum fato” que justifique a quebra do sigilo bancário da emissora.
– Seria entrar na mesma linha do Bolsonaro: quando discorda de alguém, esculhamba – afirmou o senador.
Em coletiva de imprensa, Omar Aziz afirmou que não caberia à CPI acessar o sigilo de uma emissora de rádio.
No pedido, Renan citou a Jovem Pan como um “grande disseminador” de fake news e vinculou a medida a um conjunto de requerimentos para quebrar o sigilo bancário de portais na internet e de integrantes do chamado “gabinete do ódio”. O argumento é apurar o financiamento de informações falsas na pandemia de Covid-19.
De acordo com Omar Aziz, no entanto, Renan Calheiros não sabia da apresentação do requerimento e atribuiu a autoria à assessoria.
No domingo (1°), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) divulgou uma nota de repúdio à tentativa de quebrar o sigilo bancário da rádio. Além da Abert, a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) também se manifestou contra a iniciativa.
*AE
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