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‘Não me importo se Bolsonaro gostará ou não’, diz Eunício

Atual presidente do Congresso e Senado comentou votação da reforma da Previdência

Ana Luiza Menezes - 09/11/2018 16h46 | atualizado em 09/11/2018 19h47

Eunício Oliveira e Jair Bolsonaro Foto: Arte/ Pleno.News

Em entrevista a um jornal de São Paulo, Eunício Oliveira (MDB-CE), presidente do Congresso e do Senado, afirmou não estar preocupado com a opinião do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Ele disse que não se importa se Bolsonaro “vai gostar ou não” do resultado das votações na Casa antes de tomar posse do novo cargo no Palácio do Planalto.

Em seu discurso, ele criticou o economista Paulo Guedes e declarou que não aceita interferência no Legislativo. Entretanto, embora Eunício seja o encarregado de dar posse ao novo presidente, em janeiro, ele não continuará seu mandato.

Perguntado se algum representante da equipe econômica de Bolsonaro o procurou, ele disse que não. Porém, revelou parte do conteúdo de uma mensagem enviada a Paulo Guedes, que será um dos ministros do novo governo e que sugeriu uma certa pressão para que os parlamentares votem a reforma a Previdência.

– Comuniquei ao Paulo Guedes que eu estava prorrogando o orçamento duas vezes. Ele disse: ‘Ou você vota a reforma da Previdência ou o PT volta’. Primeiro que eu não estou preocupado com volta ou não do PT. Quem deve saber o que quer para a frente, quem assumiu a responsabilidade de governar o Brasil, infelizmente, não fui eu. É fácil levantar todos os projetos que estão na Câmara e no Senado que podem ser pautados. Até o último dia em que eu for presidente, ninguém vai interferir nesse Poder, a não ser por entendimento, por conversa e harmonia – falou.

Questionado, ele disse que não se sente incomodado quanto ao novo governo eleito.

– Só não aceito que digam que eu estou fazendo pauta-bomba, que o Congresso tem que ‘levar prensa’. Aqui tem a liberdade de cada um botar o dedinho e votar sim, não ou abstenção – afirmou.

Quanto ao seu sentimento em relação à pauta que Bolsonaro deseja, ele se limitou a dizer que mudanças na Constituição não poderão tramitar enquanto houver intervenção no Rio de Janeiro.

– Aprovar uma intervenção cabe a mim, ao Congresso. Levantar essa intervenção antes do prazo aprovado cabe ao presidente da República e ao governador do Estado sob intervenção, não a mim. Se levantarem, eu suspendo o meu ato que proíbe a tramitação de PECs e todas elas poderão tramitar aqui e na Câmara – defendeu.

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