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Até 2023, governo adotará modelo militar em 216 escolas

Presidente defende transição de escolas comuns para cívico-militares

Gabriela Doria - 05/09/2019 14h39

Lançamento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares Foto: PR/Marcos Corrêa

O governo Jair Bolsonaro (PSL) ampliou o número de escolas que receberão apoio federal para migrarem para o modelo militar. Bolsonaro defendeu o modelo, o qual considera rigoroso no ensino.

– Não tem que aceitar não, tem que impor [o modelo militar]. [Se o aluno] na prova do PISA [avaliação internacional] ele não sabe uma regra de 3, não responde pergunta básica, não tem que perguntar para o pai irresponsável nessa questão se ele quer ou não uma escola com uma militarização. Tem que impor, tem que mudar. Não queremos que essa garotada cresça para ser pelo resto da vida dependente de um programa social do governo – disse Bolsonaro na cerimônia de apresentação do modelo.

Serão agora 216 unidades, segundo anúncio nesta quinta-feira (5) no Palácio do Planalto. É o dobro do que havia sido previsto pelo MEC em julho. O país tem cerca de 140 mil escolas. Serão gastos R$ 54 milhões no próximo ano. Cada escola receberá R$ 1 milhão para adequações de infraestrutura.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse esperar do governo que o modelo alcance 10% das unidades escolares do país.

Chamadas de escolas cívico-militares pelo MEC, o modelo prevê a atuação de equipe de militares da reserva no papel de tutores, o que é diferente das escolas militares, que são totalmente geridas pelo Exército. O programa prevê a adesão voluntária de estados e municípios

As redes de ensino terão do dia 6 a 27 de setembro para indicar duas escolas que poderão receber o projeto em formato piloto no próximo ano. São elegíveis ao modelo escolas do segundo ciclo do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e de ensino médio com ao menos 500 alunos e no máximo 1.000.

Na abertura da cerimônia, Weintraub fez um discurso relacionando o modelo ao reforço à disciplina e valorização do patriotismo.

– [Que] nunca mais um regime totalitário tente ser implantado no Brasil. Nunca mais nós tenhamos uma ideologia externa tentando ser imposta aos brasileiros. Nunca mais o presidente de outro país questione a soberania deste país. Nunca mais a gente esqueça que essa bandeira jamais será vermelha. Independente da cor e do protetor solar, [o Brasil] só tem um povo, tentaram dividir a gente, e só temos um povo, é o povo brasileiro – defendeu.

*Folhapress

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