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Associação de jornalistas decide integrar conselho do governo

Abraji aceitou convite do governo e passou a fazer parte do Conselho de Transparência, Integridade e Combate à Corrupção

Paulo Moura - 18/05/2023 14h45 | atualizado em 18/05/2023 15h32

Lula durante conversa com jornalistas no ano passado Foto: Lula/Ricardo Stuckert

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) aceitou um convite do governo federal para participar do Conselho de Transparência, Integridade e Combate à Corrupção, colegiado que atualmente está abrigado na Controladoria Geral da União (CGU). A entidade passou a ter assento formal no grupo na última terça-feira (16).

Segundo o site Poder360, os associados da entidade não foram consultados sobre a adesão. A presidente da Abraji, Katia Brembatti, disse que a instituição “aceitou fazer parte de um órgão consultivo, a convite da CGU, por ver relação direta com áreas de atuação da organização, como a busca pela transparência”.

– É mais eficiente e eficaz participar da elaboração de medidas do que apenas questionar a execução – disse Brembatti.

Ao ser questionada sobre a participação de uma entidade jornalística em um órgão de governo, a presidente da Abraji afirmou que estaria errado considerar o conselho como sendo “do governo”. No entanto, o fato é que o conselho funciona por iniciativa da administração pública, é presidido pelo ministro da CGU e conta com representantes de vários ministérios.

– É importante destacar que o conselho citado não é um órgão do governo. Já estamos participando de outras instâncias públicas de discussão, como o Observatório de Violência contra Jornalistas e Comunicadores, do Ministério da Justiça, e o Fórum Nacional de Liberdade de Imprensa, do CNJ, por entender que tratam de questões afeitas diretamente à atuação da Abraji – justificou.

Já sobre não ter consultado os associados, a líder da entidade alegou que o “estatuto da Abraji determina que a diretoria é a instância para as decisões estratégicas” e que a “participação no conselho não estabelece qualquer remuneração nem aval a ações de governo”.

Além da Abraji, outras entidades da sociedade civil fazem parte do conselho, entre elas algumas com uma linha de trabalho mais voltada para temas da agenda progressista como o Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFemea), a Conectas e o Fórum de Empresas e Direitos LGBTQIA+.

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