Paulo Moura - 07/04/2021 14h26 | atualizado em 07/04/2021 15h43

Os onze membros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidem, na tarde desta quarta-feira (7), se autorizam a realização de missas e cultos presenciais diante da atual situação da pandemia de Covid-19 no país. O assunto chega ao plenário da Suprema Corte após os ministros Nunes Marques e Gilmar Mendes tomarem decisões divergentes em relação ao tema nos últimos dias.

No sábado (3), Nunes Marques autorizou celebrações religiosas com a presença de fiéis, mesmo após governadores e prefeitos determinarem o fechamento de templos, sob a alegação de que isto conteria a disseminação do coronavírus. Dois dias depois, Gilmar vetou eventos religiosos em São Paulo e enviou o caso para deliberação da Corte.

Em sua decisão, Nunes Marques disse que a abertura de templos deveria ser feita “de forma prudente e cautelosa, com respeito a parâmetros mínimos que observem o distanciamento social e que não estimulem aglomerações desnecessárias”. O ministro estabeleceu que deveria haver janelas abertas, uso de máscaras e álcool em gel nos locais e que a lotação não poderia exceder os 25%.

Já na decisão proferida na segunda-feira (5), Gilmar Mendes afirmou que “apenas uma postura negacionista” permitiria uma “exceção” às regras sanitárias para cultos religiosos. O ministro reclamou que a “ideologia” tem tomado o lugar dos dados cientificamente comprováveis.

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