Arolde de Oliveira se posiciona sobre votação contra Temer
Deputado acredita que é uma boa oportunidade para o presidente esclarecer os fatos
Livia Ribeiro - 28/07/2017 16h42 | atualizado em 29/07/2017 13h15

A poucos dias da votação, na Câmara dos Deputados, que decidirá o futuro político do presidente Michel Temer, muitos parlamentares têm definido seu voto.
Para autorizar o Supremo Tribunal Federal (STF) a prosseguir com as investigações do presidente, é preciso que 342 dos 513 parlamentares votem a favor da denúncia apresentada pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. No dia 13, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou parecer rejeitando o prosseguimento da denúncia. A votação no plenário está marcada para a próxima quarta-feira (2), às 9h.
Em entrevista ao portal Pleno.News, o deputado Arolde de Oliveira (PSC-RJ) revelou seu posicionamento. De acordo com o deputado, seu voto foi decidido há algum tempo.
– Eu decidi meu voto no dia que ouvi o relatório do relator da CCJ. Eu voto pela continuidade da investigação do Presidente da República.
Após um jantar no Palácio do Jaburu, nesta quinta-feira (27), alguns deputados mencionaram que Temer pretende exonerar os ministros da base aliada que estão licenciados do mandato. A intenção é que eles voltem aos seus cargos temporariamente na Câmara e votem a favor dele. De acordo com Arolde de Oliveira, essa prática é legítima.
– É uma questão natural, normal. Evidentemente, nenhum voto será mais certo a favor do Presidente da República do que os votos dos seus ministros. Eles são parlamentares, e é legítimo voltar ao mandato para votação. Não há nada de ilegal nisso.
O deputado Beto Mansur (PRB-SP) informou que a base aliada irá trabalhar no fim de semana para conquistar o maior número de votos a favor de Temer. Arolde afirmou que também foi procurado por aliados, mas que depois de uma análise, já tem seu pensamento a respeito.
– Muitos companheiros estão do lado do presidente e vieram conversar comigo. Faz parte do processo político. Eu analisei a situação e concluo que o melhor para o Brasil é a continuação da investigação.
Arolde esclarece que, quando um cidadão faz obstrução à justiça, ele comete um crime, e essa é a chance de o presidente explicar os fatos.
– É natural também que se existe uma investigação e uma dúvida, é bom que o presidente Temer tenha a oportunidade de provar efetivamente a sua inocência.