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Aras nega alinhamento com o Planalto: Política é para políticos

Procurador-geral da República passa por sabatina da CCJ do Senado

Monique Mello - 24/08/2021 14h30 | atualizado em 24/08/2021 15h41

Augusto Aras, procurador-geral da República Foto: Reprodução

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou, nesta terça-feira (24), durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que age dentro da técnica jurídica e destacou que “a política é para os políticos”. Aras deu as declarações quando foi questionado pelos senadores sobre alinhamento com o Planalto.

O procurador-geral defendeu que falar em alinhamento é “desconhecer que a PGR e o Ministério Público Federal devem agir dentro da técnica jurídico-formal, não podendo se igualar a quem recebe um mandato eletivo”.

– Quando o procurador-geral sai da sua função, da sua linguagem jurídica, para adentrar a linguagem da política, ou judicializa a política, ou criminaliza a política – disse.

Aras destacou que o cargo de procurador de qualquer ramo exige, além de atuação técnica, equilíbrio e diálogo.

– O PGR não é censor de qualquer outra autoridade, mas é fiscal das condutas que exorbitem a legalidade – afirmou.

Aras afirmou ainda que o procurador-geral da República não é “comentarista político” e deve se manifestar nos autos “sem espetáculo, sem escândalo”, para “não macular, não prejulgar e não causar as lesões que estão desprestigiando as condenações ocorridas nos últimos seis, oito anos”.

Ainda em sua defesa, Aras alegou que discordou em 30% dos pedidos liminares feitos pelo governo federal e em 80% das manifestações relacionadas à Covid-19.

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