Após ser cobrado, líder do MBL ofende Janaina Paschoal: ‘Porca’
Renan Santos usou postura ofensiva ao se negar a prestar contras para a parlamentar sobre doações ao MBL
Paulo Moura - 06/03/2022 14h43 | atualizado em 07/03/2022 10h41
Companheiro de viagem do deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP) pelo Leste Europeu, Renan Santos, que é um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), ofendeu a deputada Janaina Paschoal (União Brasil-SP). O motivo foi Janaina pedir uma prestação de contas de doações pedidas pelo grupo para auxílio humanitário na Ucrânia.
A ofensa foi divulgada pela própria Janaina em suas redes sociais na manhã deste domingo (6). Na postagem, que foi compartilhada pela parlamentar, Renan usa termos ofensivos contra ela e diz que não fará qualquer prestação de contas para a deputada.
– Você é uma porca invejosa. Não vamos prestar contas para você, ser ridículo. Você não é parte disso. Você está do outro lado nessa guerra – e não só nela. Você está do outro lado em tudo – escreveu Renan.
O ataque feito pelo líder do MBL foi em resposta a uma postagem feita por Janaína. Nele, a deputada questionava qual havia sido a destinação dos 180 mil reais arrecadados para auxiliar os ucranianos. No sábado (5), o MBL informou, inclusive, que a quantia recebida teria sido até maior: de R$ 250 mil.
– Eu ainda não vi nenhum documento da viagem, nenhum comprovante da arrecadação e, principalmente, nenhum demonstrativo de que o montante foi empregado em compras para os ucranianos. Aliás, ora se fala em saque, ora em remessa – escreveu Janaina, na postagem que foi respondida de forma ofensiva por Renan.
ÁUDIO VAZADO
No áudio vazado nas redes sociais, o deputado estadual faz uma série de comentários machistas e preconceituosos sobre as refugiadas ucranianas. Nas gravações, o parlamentar afirma que as ucranianas “são fáceis porque são pobres”. Ele também diz que a quantidade de seguidores em seu Instagram facilitam o acesso às mulheres.
– Vou te dizer, são fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas “minas”, em dois grupos de “mina”, e é inacreditável a facilidade – diz o deputado, em tom de vitória.
Ainda segundo o pré-candidato ao governo de São Paulo nas eleições deste ano, e aliado do ex-juiz Sergio Moro, que após a repercussão do fato rejeitou receber o apoio de Arthur, “a fila da melhor balada do Brasil não chega aos pés da fila de refugiados”.
– Só vou falar uma coisa para vocês: acabei de cruzar a fronteira a pé aqui, da Ucrânia com a Eslováquia. Eu juro, nunca na minha vida vi nada parecido em termos de “mina” bonita. A fila das refugiadas… Imagina uma fila sei lá, de 200 metros, só deusa. Sem noção, inacreditável, fora de série – diz ele.
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