Gabriela Doria - 27/02/2020 18h20 | atualizado em 27/02/2020 20h05

O Partido Social Liberal (PSL) tem amargado uma série de desfiliações desde que o presidente Jair Bolsonaro anunciou o rompimento com a sigla. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 7.739 pessoas se desfiliaram do partido após o racha com Bolsonaro, o que dá uma média de 66 desfiliações diárias.

A perda de partidários coincide com o esforço para criar o Aliança pelo Brasil, partido que nascerá sob o comando de Jair Bolsonaro e que luta para conseguir as 492 mil assinaturas necessárias para a sua formalização na Justiça Eleitoral.

Nas redes sociais, integrantes influentes do Aliança, como o senador Flávio Bolsonaro, estão fazendo campanha para que apoiadores de Bolsonaro se desfiliem de seus partidos. A advogada e tesoureira do Aliança, Karina Kufa, divulgou em seu Twitter um passo a passo de como se desvincular de uma sigla.

– Desfiliação. Como fazer? Envie uma comunicação ao diretório municipal do partido a que está filiado. Ele não precisa concordar, mas só ser informado que não deseja mais vínculo. Leve duas vias e fique com uma com o carimbo de recebimento pelo partido – ensinou.

O PSL nega que esteja perdendo um número significativo de apoiadores. Em uma nota divulgada no último mês, o sigla diz que “foram registrados 14.817 novos pedidos de filiação” desde que Bolsonaro deixou o partido. “No mesmo período, foram apresentados apenas cerca de 750 pedidos de desfiliação em todo o país”, diz o informativo.

O partido argumenta que a lei eleitoral obriga as legendas a informarem a relação de seus filiados apenas nos meses de abril e outubro e que, por esta razão, o TSE não possui dados oficiais.

– Como a saída do presidente Bolsonaro ocorreu em 19 de novembro de 2019, ainda não há por parte do TSE qualquer número oficial – disse o partido.

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