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Após pedido da PGR, PF ouvirá o empresário Paulo Marinho

Ele falou sobre um suposto vazamento de operação da PF ao senador Flávio Bolsonaro

Pleno.News - 17/05/2020 21h49

Empresário Paulo Marinho Foto: Roque Sá/Agência Senado

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu neste domingo (17) que a Polícia Federal (PF) ouça o depoimento do empresário Paulo Marinho. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele relatou um suposto vazamento da Operação Furna da Onça ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

O depoimento será colhido no âmbito de inquérito aberto a partir de denúncias do ex-ministro Sergio Moro (Justiça) para apurar se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir indevidamente na PF. Ainda não há data agendada para a oitiva.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Marinho, suplente de Flávio no Senado e pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio de Janeiro, disse ter sido procurado pelo congressista na campanha, em 2018, em busca de traçar uma estratégia de defesa contra possível investigação sobre seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Fabrício Queiroz, que o envolveria num suposto esquema de “rachadinha”.

Ele relatou que um delegado da PF teria vazado a Flávio e seus auxiliares, uma semana após o primeiro turno, que seria deflagrada a Furna da Onça contra deputados estaduais do Rio, a qual atingiria Queiroz.

Em ofício enviado à delegada Christiane Correa Machado, do Serviço de Inquéritos Especiais da PF no Supremo Tribunal Federal, o procurador João Paulo Lordelo Guimarães, da PGR, também requer o depoimento de Miguel Ângelo Braga Grillo, o coronel Braga, chefe de gabinete de Flávio.

Segundo disse Marinho, ele teria recebido um telefonema do delegado e ido até o local em que a informação sobre a operação foi vazada.

Outro pedido da PGR é para a obtenção da cópia integral, em meio digital, do inquérito da PF que já apurou, em outra oportunidade, supostos vazamentos relativos à Furna da Onça.

Sobre a acusação, o senador Flávio Bolsonaro afirmou, em suas redes sociais, que tem interesse em prejudicá-lo por ser o seu suplente no Senado.

– O desespero de Paulo Marinho causa um pouco de pena. Preferiu virar as costas a quem lhe estendeu a mão. Trocou a família Bolsonaro por Dória e Witzel, parece ter sido tomado pela ambição. É fácil entender esse tipo de ataque ao lembrar que ele, Paulo Marinho, tem interesse em me prejudicar, já que seria meu substituto no Senado. Ele sabe que jamais teria condições de ganhar nas urnas e tenta no tapetão. E por que somente agora inventa isso, às vésperas das eleições municipais em que ele se coloca como pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio, e não à época em que ele diz terem acontecido os fatos, dois anos atrás? Sobre as estórias, não passam de invenção de alguém desesperado e sem votos – declarou o parlamentar.

*Com Folhapress

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