Após o 2º turno, Maia afirma que o “centro virá forte em 2022”
Presidente da Câmara dos Deputados comentou o resultado das eleições municipais
Pleno.News - 30/11/2020 20h33 | atualizado em 30/11/2020 21h28
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (30), que o resultado das eleições municipais trouxe um recado para o governo de que o centro político se fortaleceu para as eleições de 2022.
– Claro que o resultado da eleição tem mensagens. Em 2000, a Marta Suplicy ganhou a eleição e isso deu uma mensagem que o Lula vinha forte em 2002. Então, pro governo, o resultado da eleição mandou uma mensagem, que o centro virá forte em 2022. Cabe agora ao governo organizar qual é o campo que vai atuar. Vai continuar com o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, com o ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, estragando a imagem do Brasil no exterior? Ou vai caminhar para o centro-direita para tentar tirar um pouco do nosso espaço? – disse Maia em entrevista ao UOL.
Maia voltou a dizer também que o resultado das eleições valorizou a experiência política dos candidatos.
– A sociedade quer um estado mais moderno, quer continuar até, inclusive, renovando a política. Mas ela viu que a falta de experiência é um salto no escuro e decidiu nesta eleição – acho que esse é o grande recado desta eleição – por aqueles que têm mais experiência e já demonstraram essa experiência em outros momentos da política brasileira – apontou.
Maia trabalha na construção de uma frente ampla para a disputa de 2022.
– Uma aliança de centro é muito mais complexa e representa a capacidade de diálogo e abrir mão de certas convicções – afirmou.
Ele disse que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é um nome preferencial dessa construção, mas que há outros como o apresentador Luciano Huck, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e outros que podem encabeçar essa construção. Ele descartou, mais uma vez, o nome do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.
– Acho que ele já está encaminhado no setor privado – ressaltou.
A intenção dessa frente, segundo Maia, é unir também siglas da esquerda, como PDT e PSB, além de DEM, PSDB, MDB e Cidadania.
*Estadão
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