Marcos Melo - 15/03/2023 18h52 | atualizado em 15/03/2023 19h00

A live que Janja produziu e exibiu na última semana junto à EBC é alvo de dois processos e um pedido de explicações da Justiça. Além disso, há uma ala de servidores que não concordam com a transmissão com a primeira-dama no estúdio em Brasília e à retransmissão do conteúdo com ela pelas redes sociais da TV Brasil GOV. Esse grupo de funcionários entende o papel da emissora como veículo de comunicação independente, sem estar associado ao governo.

Mas existe uma vertente de pensamento dentro da mídia que aprova a transmissão, pois compreende a EBC como um canal amplificador dos interesses do governo, da administração federal, e que enxerga na desassociação com o governo um desperdício de dinheiro público, já que não cumpre sua principal finalidade.

Mas há unanimidade na concepção de que Janja não deve, por enquanto, voltar a aparecer na EBC. A primeira-dama, entusiasmada com a projeção, chegou a divulgar que a edição da semana passada era apenas a “primeira”, sugerindo que outras viriam em série, o que não irá se concretizar.

Dentro da gestão petista é muito aventada a hipótese de apagar toda essa superexposição de Janja, gradativamente, de modo que a coloque em uma posição de mais discrição. O perfil midiático dela desagrada parte considerável dos aliados do presidente.

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