Após decisão do STF, Flávio Bolsonaro se defende
De acordo com o parlamentar, apenas o Supremo pode investigar autoridades com foro privilegiado
Henrique Gimenes - 17/01/2019 19h28 | atualizado em 18/01/2019 07h21

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender a investigação sobre seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, o senador eleito Flávio Bolsonaro se pronunciou sobre o caso em suas redes sociais. Em uma publicação no Instagram, ele disse que começou a “restabelecer a verdade”.
O parlamentar publicou uma nota em que fala sobre o episódio e esclarece que sua defesa apresentou uma reclamação ao Supremo após ter acesso aos autos do processo, quando verificou que ele era o “objeto de investigação, o que atrai a competência ao Supremo Tribunal Federal — única autoridade competente para decidir sobre o foro adequado à continuidade das investigações em curso relativamente a ele”.
Flávio Bolsonaro também explicou que foram encontradas “nulidades diversas, como a quebra dos sigilos bancário e fiscal do Senador, para fins de investigação criminal, sem autorização judicial”.

O nome do ex-assessor apareceu em um relatório do Conselho de Controle de Operações Financeiras (Coaf) com movimentações financeiras “atípicas”. De acordo com o Conselho, a movimentação de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz era incompatível com seus rendimentos.
Veja a nota completa:
A assessoria de Flávio Bolsonaro informa que sua defesa ajuizou Reclamação no Supremo Tribunal Federal em face do MP/RJ tendo em vista que, ao ter acesso aos autos do procedimento, verificou ser o Senador objeto de investigação, o que atrai a competência ao Supremo Tribunal Federal — única autoridade competente para decidir sobre o foro adequado à continuidade das investigações em curso relativamente a ele.
Ademais, a defesa apontou, na Reclamação, nulidades diversas, como a quebra dos sigilos bancário e fiscal do Senador, para fins de investigação criminal, sem autorização judicial.
Todos os requerimentos feitos limitaram-se à pessoa do Sr. Flávio Bolsonaro e aos procedimentos ilegais que foram tomados em relação a ele pelo MP/RJ, não implicando solicitação relativamente a nenhum terceiro.
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