Apagão: Bolsonaro sugere que empresa falhou em manutenção
Presidente questionou o fato de equipamento estar em manutenção desde dezembro de 2019
Pleno.News - 08/11/2020 09h27 | atualizado em 08/11/2020 09h30
Durante uma transmissão feita no sábado (7), o presidente Jair Bolsonaro disse acreditar que uma falha na manutenção do sistema elétrico do Amapá, pela empresa particular que administra o setor no estado, pode ter sido responsável pelo apagão que atingiu a unidade da federação na Região Norte. O presidente disse que “não queria culpar ninguém”, mas, sem citar nomes, questionou o trabalho de manutenção realizado pela companhia.
– Acho que falhou a manutenção da empresa particular que fornece a energia – afirmou.
O apagão atingiu praticamente todo o Estado do Amapá na noite de terça-feira (3) quando um incêndio danificou uma subestação na capital Macapá. Desde então, várias cidades têm relatado dificuldades no abastecimento regular de água e alimentos. A energia somente começou a ser restabelecida parcialmente no sábado. Haverá racionamento por pelo menos dez dias, até que haja uma solução permanente para o problema.
A subestação e a linha de transmissão que falharam são da Gemini Energy, que é gerida por fundos de investimento. A concessão, formalmente chamada de Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), pertencia à Isolux, que entrou em recuperação judicial na Espanha. No fim do ano passado, a linha foi comprada pela Gemini.
Segundo o presidente, o governo vai investigar a explosão do transformador, fato que ele classificou como “muito esquisito”. Na live, Bolsonaro explicou que o Macapá contava com três transformadores. Depois que um deles explodiu, o segundo, que funcionava de forma muito “precária”, não suportou a carga e também parou de funcionar. Um terceiro equipamento, segundo o presidente, estava em manutenção desde dezembro do ano passado.
– Eu não queria criticar, mas é uma manutenção bastante longa, dez meses. Alguma coisa esquisita está acontecendo. Já era para ter resolvido esse assunto, já. O Ministério de Minas e Energia está investigando essa questão. Quem sabe vai ter uma justificativa – disse o presidente.
*Estadão
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