Ao vivo! GloboNews faz torcida escancarada por Renan na CPI
Âncora desejou "boa sorte" e "coragem" ao relator da CPI da Covid
Pleno.News - 20/09/2021 12h53 | atualizado em 20/09/2021 13h12

A GloboNews virou assunto nas redes sociais após a veiculação de uma entrevista exclusiva do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid-19, concedida ao canal na noite de sábado (18).
Prestes a entregar o relatório em que pedirá o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro pela gestão da pandemia, Renan recebeu da apresentadora Alinde Midlej, ao vivo, votos de “boa sorte” e “coragem” na entrega do documento.
– Senador Renan Calheiros, muitíssimo obrigada pelo tempo. Boa sorte amanhã. Bastante coragem para seguir adiante! Estaremos ligados na transmissão da GloboNews – disse a apresentadora ao encerrar a entrevista.
Nas redes, a “torcida” da âncora não passou em branco. A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) foi uma das que se manifestou.
– A Globo nem disfarça mais… desejando boa sorte a Renan Calheiros – escreveu a parlamentar.
A Globo nem disfarça mais… desejando boa sorte a @renancalheiros! 😐 pic.twitter.com/DRE0HRRu7G
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) September 20, 2021
O jornalista Rodrigo Constantino ironizou a postura da emissora.
– Peraí?! Jornalista incentivando Renan Calheiros no final da entrevista: “Boa sorte amanhã, senador. BASTANTE CORAGEM!” O que é isso?
A. Militância
B. Torcida
C. Parcialidade
D. Conluio
E. Todas as alternativas anteriores…
RENAN PEDIRÁ INDICIAMENTO DE BOLSONARO
Prestes a entregar o relatório final da CPI da Covid-19, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, pedirá o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro pelo crime de prevaricação.
A prevaricação ocorre quando um agente público retarda, deixa de praticar ou pratica indevidamente ato de ofício, ou o pratica contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
Calheiros deve entregar o documento até a próxima sexta-feira (24).
Em entrevista ao jornal O Globo, o senador argumenta que o presidente da República prevaricou por não comunicar aos órgãos de investigação as irregularidades no contrato da vacina indiana Covaxin.
O relatório também deve acusar Bolsonaro de supostamente minimizar os riscos da pandemia e de defender medicamentos que não tiveram eficácia comprovada contra a Covid-19.
– Gabinete paralelo, imunidade de rebanho, bloqueio às vacinas e prevaricação. Essas coisas todas estarão contidas no relatório. […] Com relação ao enquadramento do presidente da República em crime de responsabilidade, a essa altura, não há mais nenhuma discussão. Existem muitas certezas – disse Calheiros ao jornal.
Há a possibilidade de que o texto, que já tem mais de 400 páginas e foi elaborado com a ajuda de assessores técnicos e jurídicos, peça também o enquadramento de Bolsonaro por crimes contra a humanidade. Neste caso, o documento deverá ser enviado ao Tribunal Penal de Haia, para que a Corte internacional avalie o caso.
O plano da CPI é de que texto seja votado no dia 29 de setembro.
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