Marcos Melo - 28/04/2023 15h15 | atualizado em 28/04/2023 15h46

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, continuará preso. O habeas corpus impetrado pela defesa de Torres foi negado, nesta sexta feira (28), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

Em nome do “delicado estado de saúde” do ex-ministro – que estaria enfrentando severo quadro de depressão e chegou a falar em tirar a própria vida – seus advogados ingressaram com o pedido, na última quarta-feira (26), mas este foi indeferido por Barroso.

O magistrado sinalizou que, de acordo com o entendimento regresso mais recente do STF, não há que se falar em habeas corpus contra decisão de ministro da Corte.

A defesa de Torres já havia questionado a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que já havia negado pedido de liberdade provisória de seu cliente.

– Nessas condições, não há alternativa senão julgar extinto o processo, sem resolução do mérito, por inadequação da via eleita – sentenciou Barroso.

O laudo psiquiátrico que atesta a delicada condição psicológica do ex-ministro foi apensado ao processo, mas não foi considerado suficiente para o fim da reclusão. De acordo com a psiquiatra Elaine Meira Bida, na última semana, Torres “apresentou fortes crises de ansiedade, pânico, desespero, angústia, falta de ar, tristeza profunda, acompanhada dos choros”.

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