Paulo Moura - 17/05/2021 14h28 | atualizado em 17/05/2021 14h54

Um dos principais nomes conservadores na atual legislatura da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado estadual Anderson Moraes (PSL) tem se consolidado na forte defesa de pautas caras à direita dentro do parlamento fluminense, como a defesa da família, das liberdades individuais, dos agentes de segurança pública e da liberdade econômica.

Ao longo de mais de um ano de pandemia, Moraes já se destacou com ações que, por exemplo, derrubaram decretos restritivos da Prefeitura do Rio de Janeiro, projetos de lei que defenderam a liberdade de vacinação contra a Covid-19, para que as pessoas possam escolher o tratamento contra o vírus que desejam e também na defesa de pautas conservadoras, como a oposição à linguagem neutra.

Em entrevista ao Pleno.News, o parlamentar falou sobre temas recentes, como a operação que resultou em 28 mortes na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e os decretos restritivos promovidos ao redor do Brasil, e também de assuntos abordados ao longo do último ano, como a vacinação contra a Covid. Acompanhe abaixo (na íntegra, em vídeo)

Na última semana, a Polícia Civil realizou uma operação na comunidade do Jacarezinho, nós vimos que se criou muita polêmica a respeito das notícias dessa ação. Qual é a sua opinião a respeito do trabalho da polícia? Qual é a sua avaliação?
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, na minha concepção, é a melhor polícia do mundo. Eu agora mesmo visitei uma unidade da delegacia, e chegando lá um policial sem querer esbarrou em um equipamento que acabou desligando todo o equipamento tecnológico daquela unidade.

Hoje com tão pouco investimento, os policiais aqui no RJ conseguem, mesmo sem recursos, eles têm um poder de improvisar que é uma coisa muito grande. Não tem um crime que fique sem ser desvendado através da nossa polícia. O trabalho que eles fizeram no Jacarezinho, ao meu ver, foi fenomenal. [No Jacarezinho] é uma geografia montada para favorecer o marginal.

A única perda que nós tivemos ali, de fato, foi o investigador André, foi doloroso mesmo ver aquilo, mas os outros mortos foram todos identificados, a grande maioria com passagem na polícia, uma ficha criminal extensa. E ali, com certeza, não teve bala perdida.

Sobre a cobertura da imprensa a respeito desse fato, nós vimos nesse fim de semana a polêmica envolvendo a apresentadora Daniela Lima, da CNN Brasil, que falou que “só um policial” morreu. O que o senhor acha de declarações como essa?
Pior ainda, da forma como ela falou, [que] só um policial morreu. Ela disse o seguinte: “só uma pessoa do outro lado morreu”. Então, quer dizer, da forma como ela fala ali, para mim, ela está se colocando ao lado dos bandidos, por que ela fala assim: “É um absurdo por que parece que os suspeitos que estavam armados não sabiam atirar, por que do outro lado só morreu um policial civil”.

Então, ela se coloca do lado de cá, do lado dos foras da lei. Essa imprensa marrom tenta a todo tempo desgastar a imagem da polícia, colocar a polícia contra a população, é isso que nós estamos sempre vendo na TV, a gente viu uma cena de uma namorada de um dos marginais que foi morto dizer, inclusive, com uma carteira de trabalho na mão, dizer que é um absurdo o namorado dela ter sido morto, por que ele havia acabado de sair para comprar pão. Aí já apareceram várias imagens dele segurando fuzil, enfim, é envolvido com o tráfico, é menos um.

Deputado estadual Anderson Moraes – Podcast #71
Pleno.News - 17/05/2021

O senhor está com um projeto de lei que pretende estabelecer a autonomia entre paciente e médico no que diz respeito ao tratamento da Covid-19. Como funciona, especificamente, esse projeto?
Hoje, nós temos um grupo de pessoas que acredita em um determinado tratamento e outras que acreditam em outro tratamento, estou falando em relação à classe médica, não existe uma unanimidade no pensamento, provavelmente, daqui a algum tempo, isso vai acabar acontecendo, pois vai ficar claro o que está curando, ou não, as pessoas.

O que pretendemos dar é a autonomia, embora diversos médicos através do Conselho de Medicina já tenham essa autonomia, mas queremos que haja um respeito maior com relação a isso. Por que você vê pessoas querendo dizer que o tratamento precoce não funciona.

Eu, particularmente, dentro da minha casa, uma pessoa que trabalha dentro da minha casa foi curada com o tratamento precoce. Eu tenho uma outra pessoa que trabalha conosco no comércio, uma pessoa com várias comorbidades, essa mesma pessoa foi tratada com tratamento precoce e, graças a Deus não veio a ter problemas, complicações para que precisasse ser internada.

Então, isso aí é de suma importância, que as pessoas tenham liberdade de escolher. A partir do momento em que uma determinada pessoa escolheu que o tratamento dela, junto com o médico, vai ser azitromicina, hidroxicloroquina, ivermectina e Anita, que nenhuma outra pessoa tenha o direito de fazer esse questionamento, é muito importante isso.

Agora, o cara que não quiser adotar, ele que não adote, a responsabilidade é dele, a vida é dele, ele faz o que ele quiser. Agora, não [pode] interferir nas pessoas que estão, de alguma forma, [tentando] se cuidar, se curar de alguma coisa que ninguém nunca esperou, ninguém esperava que isso pudesse acontecer.

Acho que as pessoas precisam ter essa liberdade, dar uma garantia jurídica para que o médico possa garantir isso.

*Você pode ouvir a entrevista com o deputado Anderson Moraes em podcast no Pleno.News, no Spotify, na Deezer, no Google Podcasts e no Apple Podcasts.

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