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Amoêdo volta atrás e renuncia à candidatura presidencial

Indicação do ex-presidente da legenda sem a finalização do processo seletivo gerou crise interna na agremiação

Paulo Moura - 11/06/2021 07h42 | atualizado em 11/06/2021 09h22

João Amoêdo desistiu de sua candidatura Foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil

Apenas nove dias após ter aceitado o convite para ser o candidato a presidente da República pelo Novo, o empresário João Amoêdo voltou atrás e renunciou na noite de quinta-feira (10) à candidatura. A decisão tomada por Amoêdo ocorreu após uma crise ter sido criada na legenda pelo fato de a indicação dele ter ocorrido sem que o processo seletivo do Novo tivesse sido concluído.

Um dos fatos que acelerou o pedido de desistência do ex-dirigente da legenda foi uma dura carta enviada na quinta-feira (10) ao Diretório Nacional da sigla, por Diogo da Luz, que concorreu a senador e vereador pelo Novo nas últimas duas eleições. No ano passado, ele participou do processo seletivo para se candidatar à Prefeitura de São Paulo.

– Um partido que não precisa ouvir seus parlamentares nem governadores e prefeitos, que não precisa ouvir seus filiados em momento algum, também não precisa fazer política para tomar suas decisões. Mas um partido político que não faz política não tem espaço na política – escreveu Luz.

Na carta, Diogo disse ainda que o Novo “não dá a mínima atenção aos filiados, nem mesmo por uma única pesquisa de satisfação” Amoêdo, por sua vez, afirmou, no comunicado em que confirmou sua desistência, que declinou do pedido porque o processo de sua indicação “demonstrou a falta de unidade do Novo quanto ao propósito para 2022”.

– Muito me orgulharia representar o Novo nesse momento tão importante para o nosso país, mas não há como iniciar essa dura caminhada sem a condição por mim citada quando da aceitação desse convite – completou.

Confira a nota de Amoêdo na íntegra:

“Prezados,

Após avaliar os acontecimentos subsequentes ao anúncio da minha candidatura em 01/06 decidi declinar ao convite anteriormente recebido. Na minha avaliação, a ausência de um posicionamento transparente, firme e célere da instituição, neste processo, demonstrou a falta de unidade do NOVO quanto ao propósito para 2022. Muito me orgulharia representar o NOVO nesse momento tão importante para o nosso país, mas não há como iniciar essa dura caminhada sem a condição por mim citada quando da aceitação desse convite “mas aceito essa tarefa confiando que trabalharemos como um time, com resiliência, alinhamento, humildade e coerência, dentro dos princípios, valores e propósitos que justificaram a fundação do NOVO. Continuarei trabalhando na construção de um país melhor para todos. Atenciosamente, João Amoêdo”.

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