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Amnésia? Lula diz que Alckmin se opôs a impeachment de Dilma

Apesar de Alckmin ter dado vários declarações a favor de saída da Dilma no passado, Lula tentou convencer eleitores do contrário

Paulo Moura - 01/06/2022 15h40 | atualizado em 01/06/2022 15h47

Geraldo Alckmin ao lado do ex-presidente Lula Foto: Ricardo Stuckert/ PT

O ex-presidente Lula (PT) afirmou, nesta terça-feira (31), que o candidato a vice em sua chapa, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), foi contrário ao processo de impeachment que culminou na saída da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República em 2016. Declarações feitas por Alckmin na época mostravam, no entanto, justamente o contrário.

– Geraldo Alckmin não só era contra o impeachment, como pediu um parecer de um advogado, que deu um parecer contra o impeachment – disse Lula na entrevista concedida à rádio Bandeirantes.

Em dezembro de 2015, pouco tempo depois de o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, aceitar o pedido de impeachment contra Dilma, o então governador de São Paulo afirmou que a medida não se tratava de um golpe. A narrativa de que o processo seria golpista é sustentada por siglas e militantes de esquerda até hoje.

– O impeachment é previsto na Constituição Federal, e a Constituição não é golpista – disse Alckmin, na época.

Já em março de 2016, o então governador de São Paulo disse concordar “em número, gênero e grau” com a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a respeito do impeachment. Na ocasião, FHC defendeu o processo como o “caminho” para garantir o funcionamento do governo. Em abril daquele ano, Alckmin sustentou que a saída de Dilma era “questão de tempo”.

– O PSDB agiu corretamente votando favorável ao impeachment. Temos o dever de apoiar um possível governo Temer aí na frente – declarou.

Com a mudança recente de cenário, e sua ida para o PSB, o ex-chefe do Executivo paulista mudou o discurso. Em março deste ano, ao ser questionado sobre seu posicionamento em relação ao impeachment, o ex-tucano afirmou que foi “cuidadoso” e um dos últimos a se posicionar sobre o processo.

– Eu sempre fui cuidadoso. Eu disse: “Olha, você tem que ter cuidado com o impeachment, não pode ser banalizado, mandato popular precisa ser respeitado” – alegou.

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