Leia também:
X Bolsonaro diz que o passaporte da vacina é uma ‘discriminação’

Alexandre Frota pede fim do PIX, e Banco Central responde

“Aplicativo da morte”, classificou o deputado

Monique Mello - 30/09/2021 15h12 | atualizado em 30/09/2021 15h55

Após investir contra o bitcoin, Frota agora quer o fim do PIX Foto: Agência Senado/Edilson Rodrigues

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) tem como novo alvo as transferências via PIX. Nesta quinta-feira (30), ele apresentou um projeto para suspender a modalidade bancária até que o mecanismo seja regulamentado pelo Banco Central.

O argumento do parlamentar é o de que bandidos adotaram o PIX em substituição às famosas “saidinhas de banco”.

– Em substituição ao conhecido crime de saidinha de banco, os criminosos inovaram neste sentido; agora, estão sequestrando pessoas, de forma rápida, para que façam transferências utilizando esta nova ferramenta bancária, o PIX – disse o parlamentar, que, no Twitter, chamou a transação de “aplicativo da morte”.

– Sinto muito, mas vamos ter que acabar com esse Pix. Banco Central, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, as pessoas estão sendo assaltadas e mortas por causa desse aplicativo, que já é chamado de “aplicativo da morte”. E com detalhe: o Banco criou, ofereceu, mas não se responsabiliza – escreveu Frota.

COM A PALAVRA, O BANCO CENTRAL
De acordo com o Banco Central (Bacen), as transações por Pix podem ser rastreadas e levar à prisão dos bandidos que utilizam o sistema. Além disso, o número de crimes realizados pelo sistema ainda é muito pequeno quando comparado ao todo.

– Por seu desenho tecnológico, todas as operações com o Pix são 100% rastreáveis, o que permite a identificação das contas recebedoras de recursos produtos de golpe/crime, permitindo a ação mais incisiva da polícia e da Justiça, o que não acontece com saques em caixas eletrônicos, por exemplo. Dados recentes do Pix mostram haver suspeita de fraude em apenas 0,001% das transações de Pix. Essa fração é ínfima e se mantém constante ao longo do tempo – disse o Bacen à rede BBC Brasil.

Mesmo com dados mostrando que o número de crimes ainda é ínfimo, o Bacen já começou a tomar algumas providências e precauções. A primeira medida foi limitar a R$ 1.000 o valor das transações que podem ser realizadas durante a noite. O novo limite será aplicado a operações realizadas diariamente entre as 20h e 6h.

O limite de valor será restrito a todos os pagamentos, ou seja, DOC, TED e boletos também só poderão movimentar até R$ 1.000. Pessoas físicas, incluindo Micro e Pequenos Empreendedores Individuais, serão afetados pelas restrições.

Leia também1 José de Abreu encerra sua conta no Itaú 'por causa de Lula'
2 Frota quer passaporte sanitário obrigatório na Câmara
3 Caixa lança empréstimo de até R$ 1 mil contratado pelo celular
4 Bolsonaro cobra banco sobre contrato de R$ 600 milhões
5 Todxs... PL que veta a linguagem neutra nas escolas avança

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.