Paulo Moura - 26/03/2025 15h48 | atualizado em 26/03/2025 16h39

O presidente Luiz Inácio da Silva (PT) e a primeira-dama Janja não são as únicas figuras públicas a serem registradas nos últimos dias usando marcas de grife em seus vestuários. Nesta terça-feira (25), no primeiro dia de julgamento da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes utilizou uma gravata da grife francesa Hermès.

O item, do modelo Lapindragon Tie, é vendido atualmente no site da marca por 270 dólares (pouco mais de R$ 1.540, em cotação atual). A estampa traz a figura de um coelho que, ao perceber a presença de um dragão, corre do fogo cuspido pela fera. A descrição da gravata diz que ela foi projetada por Philippe Mouquet e que é fabricada por artesãos da grife em Lyon, na França, desde 1949. A empresa diz ainda que o item é feito “em sarja de seda costurada à mão”.

STF FASHION
A questão de gravatas no STF viveu um episódio notório em fevereiro deste ano, quando o ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, anunciou o lançamento de uma linha oficial de lenços e gravatas do Tribunal. Na ocasião, tinham sido encomendadas 100 gravatas personalizadas com referências visuais ao edifício-sede do tribunal.

O custo unitário da gravata foi de R$ 384, e a compra consta no Portal da Transparência. Os itens serão usados para presentear autoridades em visitas institucionais ao tribunal. Em tom de brincadeira, Barroso falou que a iniciativa partiu do “departamento STF Fashion”.

– Nós lançamos uma gravata do Supremo Tribunal Federal, que todos estamos utilizando, e, para as mulheres, um lenço belíssimo, como o que está com a ministra Cármen Lúcia – disse, na ocasião.

O STF recebe visitas regulares de chefes de Estado, chefes de Poderes, e representantes de outros países costumam levar presentes. O lançamento da gravata e do lenço visa retribuir a gentileza.

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