Alcolumbre quer travar sabatina de Mendonça por mais 2 meses
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, ideia é tentar inviabilizar a indicação do presidente Jair Bolsonaro
Henrique Gimenes - 14/10/2021 16h45 | atualizado em 14/10/2021 17h10
O imbróglio envolvendo a sabatina de André Mendonça para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deve continuar. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pretende segurar a data da sabatina por mais dois meses.
Com isso, apontou o jornal, o procedimento não poderia ser realizado mais este ano, já que o Congresso entra em recesso em dezembro. A ideia é tentar inviabilizar o nome de Mendonça, já que 2022 é ano eleitoral e o governo teria dificuldades em trabalhar pela aprovação.
Ex-advogado-geral da União, Mendonça foi indicado em 13 julho pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar a vaga deixada pelo ministro Marco Aurélio de Mello no STF. Mas, desde então, seu nome não passou pelo primeiro passo para ingressar na Corte, já que Alcolumbre ainda não definiu a data do procedimento.
Nesta quarta-feira (13), após inúmeras críticas, Alcolumbre emitiu uma nota para falar do atraso na sabatina. No texto, o senador apontou que a “nomeação do ministro do Supremo Tribunal Federal” é “um ato complexo” e disse que não aceita “ser ameaçado, intimidado, perseguido ou chantageado com o aval ou a participação de quem quer que seja”.
Leia também1 Internautas pedem que Amapá não reeleja Davi Alcolumbre
2 Senadores pedirão a Pacheco que paute sabatina de Mendonça
3 Kajuru: Davi quer mostrar que Bolsonaro não manda no Senado
4 Senador recolhe assinaturas na CCJ em apoio a André Mendonça
5 Alcolumbre diz que não aceita ser "ameaçado e intimidado"