Agustin critica governo e expõe patrocínio de R$ 4 milhões a Gil
"Paguei quase R$ 2 milhões para os Correios", contou o empresário
Monique Mello - 18/03/2025 16h54 | atualizado em 18/03/2025 17h41

Em entrevista ao Pleno.News, o empresário Agustin Fernandez criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e expôs o patrocínio de R$ 4 milhões que os Correios destinaram ao cantor Gilberto Gil.
– A administração deles [governo Lula] é péssima, veja só: ano passado, eu paguei quase R$ 2 milhões para os Correios, e os mesmos Correios patrocinaram Gilberto Gil com R$ 4 milhões para fazer uma turnê – disse o empresário, detalhando seus gastos com sua marca de comésticos.
– Eu trabalhei o ano inteiro atendendo milhares de clientes, vendendo milhares de produtos, movimentando uma empresa gigante, consumindo caixa, papel bolha, válvula, embalagem pet, pagando empresa de reciclagem…. E aí, uma pessoa simplesmente ganha um patrocínio de R$ 4 milhões – protestou.
Agustin se referiu à turnê Tempo Rei,que marca a despedida de Gilberto Gil dos palcos após 60 anos de carreira. A produção recebeu patrocínio, além dos Correios, do Banco do Brasil, Rolex, e Estrella Galicia. De acordo com o próprio Gil, os patrocínios foram para evitar “fofocada e piadinhas” sobre dinheiro público.
– Agora os Correios estão devendo aluguel, devendo salário, enfim. Então, a administração deles não funciona. A administração é ruim e ainda tem corrupção, não tem como dar certo – criticou Agustin.
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Os Correios continuam naufragando no terceiro ano deste mandato de Lula (PT) na Presidência da República. Em janeiro, o prejuízo chegou a R$ 424 milhões, atingindo a marca do maior prejuízo para o mês em toda a história. Houve R$ 1,4 bilhão de receita neste mês, mas R$ 1,9 bilhão de despesas, gerando o déficit de R$ 424 milhões.
A crise na empresa se instalou com a chegada do atual presidente, Fabiano Silva dos Santos, indicado para o cargo pelo grupo Prerrogativas, composto por advogados progressistas influentes, simpáticos ao PT e ao presidente Lula. Na gestão do apadrinhado pelo Prerrogativas, foi constatado um aumento crescente das despesas.
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