Gabriela Doria - 01/09/2019 12h24 | atualizado em 01/09/2019 12h44

O ex-ministro do PT Antonio Palocci acusou a emissora RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul, de ter pago propina para que uma multa de R$ 500 milhões fosse “perdoada”. Ainda de acordo com Palocci, ele mesmo teria atuado junto ao Conselho de Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para que a dívida com a Receita Federal sumisse.

O ex-petista afirmou que o esquema que resultou na multa começou em 1999, durante uma tentativa de fusão da RBS com a Telefônica, para se criar um provedor de internet. A sociedade não deu certo porque a Receita Federal considerou a fusão uma fraude cujo objetivo era sonegar impostos. Por esta razão, foi aplicada uma multa de R$ 500 milhões à emissora.

Já em 2011, quando Palocci atuava como ministro-chefe da Casa Civil, no governo Dilma Rousseff, a emissora o procurou para tentar “contornar” a multa oferecendo propinas.

Na delação, Palocci aponta também que conselheiros do Carf receberam pagamentos indevidos.

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