Aeronáutica e Marinha explicam compra do medicamento viagra
Forças Armadas utilizam o remédio em tratamentos de hipertensão arterial pulmonar
Pleno.News - 11/04/2022 16h53 | atualizado em 11/04/2022 17h36
Nesta segunda-feira (11), a Aeronáutica esclareceu o motivo de ter solicitado a compra de milhares de unidades do remédio sildenafil, conhecido como viagra. Em nota enviada à imprensa, os militares explicaram que o medicamento é utilizado no tratamento da hipertensão arterial pulmonar e em pacientes com esclerose sistêmica, já que ele possibilitada um “melhor controle do fenômeno de Raynaud em pessoas acometidos pela grave doença”.
O posicionamento ocorre após a divulgação na imprensa de que as Forças Armadas abriram um pregão para a compra de 35 mil unidades do viagra, que tem como uso principal o tratamento da disfunção erétil. No total, são 28 mil comprimidos destinados à Marinha, 5 mil destinados ao Exército e 2 mil à Aeronáutica.
Em nota ao portal R7, a Aeronáutica disse que “entre os usos atualmente aprovados da sildenafila estão principalmente o tratamento para hipertensão arterial pulmonar e para melhor controle do fenômeno de Raynaud numa doença grave denominada esclerose sistêmica, o que endossa e motiva a aquisição para utilização do aludido medicamento especialmente no âmbito hospitalar. A utilização para o tratamento da disfunção erétil não se encontra priorizada nesse tipo de aquisição”.
Já a Marinha explicou ao portal Uol que “os processos licitatórios realizados pela Marinha do Brasil para aquisição de sildenafila de 25 e 50mg visam o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), uma síndrome clínica e hemodinâmica que resulta no aumento da resistência vascular na pequena circulação, elevando os níveis de pressão na circulação pulmonar. Pode ocorrer associada a uma variedade de condições clínicas subjacentes ou a uma doença que afete exclusivamente a circulação pulmonar. Trata-se de doença grave e progressiva que pode levar à morte. A associação de fármacos para a HAP vem sendo pesquisada desde a década de 90, estando ratificado, conforme as últimas diretrizes mundiais (2019), o uso da sildenafila, bem como da tadalafila, com resultados de melhora clínica e funcional do paciente”.
Leia também1 Bolsonaro sobre aborto: "Lula é genocida de inocentes"
2 Flavio B. debocha de revista que trouxe Alckmin como "antiLula"
3 Alvaro Dias: "CPI do MEC seria encenação e acabaria em pizza"
4 Contra Tebet, Renan Calheiros defende apoio do MDB a Lula
5 Bolsonaro: "O STF interfere em tudo que se possa imaginar”