Advogado de Silveira afirma que proibição de redes é “autoritária”
Defensor do parlamentar afirmou que ele "ainda continua preso por palavras e pensamentos"
Paulo Moura - 09/11/2021 13h16 | atualizado em 09/11/2021 15h02
O advogado Paulo Faria, que representa o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), classificou a proibição do uso das redes sociais pelo parlamentar como uma “questão autoritária”. A medida foi uma das condições determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na decisão que revogou a prisão de Silveira nesta segunda-feira (8).
– Essa questão da rede social é mais um ato pessoal do ministro do que um ato jurídico e processual. Não existe nenhum tipo de vedação legal para que a pessoa tenha uma rede social. É mais uma questão autoritária mesmo – disse Faria, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan.
Além de proibir o uso de redes sociais, Moraes também determinou que Silveira não faça qualquer contato com outros investigados nos inquéritos das “fake news” e das “milícias digitais”, com exceção de outros deputados federais citados nessas apurações. Para o advogado do deputado, a decisão faz com que Silveira continue “preso por palavras e pensamentos”.
– Estamos razoavelmente contentes com a decisão, mas seria uma decisão justa e legal se ele tivesse de volta toda a sua liberdade, principalmente porque as redes sociais são hoje uma extensão do mandato parlamentar. Ele ainda continua preso por palavras e pensamentos, mas continuaremos a lutar pela plena liberdade dele – completou.
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