“Acredito em pessoas, mas não em partido”, diz Cabo Daciolo
Evangélico diz que está em oração sobre possível candidatura à Prefeitura do Rio de Janeiro
Rafael Ramos - 29/12/2019 12h36 | atualizado em 29/12/2019 12h37
Lembrado até hoje pelo seu bordão “Glória a Deus”, o Cabo Daciolo fez um balanço de sua trajetória na esfera pública em entrevista ao UOL. Longe do Partido Patriota desde o fim das eleições, o ex-deputado federal chegou a flertar com outras legendas, mas torce pela aprovação de candidaturas avulsas para uma nova tentativa eleitoral.
– Sou muito a favor das candidaturas avulsas. Esse é o caminho da transformação política. Acredito em pessoas, mas não acredito em partido.
De olho na Prefeitura do Rio de Janeiro nas próximas eleições de 2020, Daciolo vê a cidade como um grande desafio. Ele definiu o cenário do Rio de Janeiro como algo “bem interessante”.
– Esse caos do Rio reflete de forma negativa para a nação. Da mesma forma que uma solução para o Rio de Janeiro traz soluções diretamente para a nação. Seria um passo, seria um caminho, temos que orar para visualizar isso.
E por falar em orar, o bombeiro militar da reserva também comentou sobre suas várias subidas ao monte durante a campanha presidencial. Ele disse que isso era necessário para ter orientações divinas para os debates.
– Precisávamos de orientações divinas para ir a um debate, para expor uma ideia, para colocar uma pauta verdadeira e concreta de solução para a nação. Fomos buscar sabedoria, discernimento, mansidão, um plano de nação. E descíamos do monte para o debate e ali falávamos algumas verdades que o povo entendeu, captou, tanto é que deu uma resposta positiva.
Com 1,3 milhão de votos no primeiro turno das Eleições 2018, o Cabo Daciolo foi cogitado para assumir a presidência do Prona, partido criado por Enéas Carneiro, de quem ele disse ser alguém insubstituível.
– Tenho uma admiração muito grande pelo dr. Enéas, mas Daciolo tem características, em alguns pontos, diferentes das dele. Ele é uma imagem muito limpa do Prona. Fico preocupado com partidos políticos porque o montante em dinheiro que hoje entra nos partidos motiva a corrupção.
Membro da Assembleia de Deus, o religioso disse que se decepcionou com a Bancada Evangélica no Congresso. No âmbito pessoal, ele comentou sobre o momento delicado que passou com a esposa, a jornalista Cristiane Daciolo, que foi diagnosticada com leucemia no fim do ano passado.
– Ela foi curada de forma maravilhosa. Hoje não tem mais leucemia no sangue dela. Ela fez o transplante de medula, está em casa com nossos filhos, mas é um momento ainda delicado de acompanhamento. Continuamos voltando para o hospital de 15 em 15 dias, às vezes de mês em mês.
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