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Abraham Weintraub diz não se arrepender de ter criticado o STF

Ex-ministro afirmou que se arrependeu apenas de ter colocado a vida de seus filhos em risco

Paulo Moura - 11/06/2021 14h44 | atualizado em 11/06/2021 15h04

Abraham Weintraub Foto: PR/Marcos Corrêa

O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou nesta sexta-feira (11) que não se arrepende das críticas que fez aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a reunião ministerial de abril de 2020, que se tornou pública após a divulgação de vídeos do encontro. Na ocasião, Weintraub disse que desejava mandar “vagabundos para a cadeia, começando no STF”.

– Não me arrependo. O que me arrependo é de ter colocado a vida dos meus filhos em risco. Tem no YouTube. Dá para ver quando cercaram meus filhos e minha esposa em Santarém. Estão documentados, filmados e gravados vários ataques. Eles vieram para cima de mim – disse.

A declaração foi feita pelo ex-chefe da pasta de Educação durante uma entrevista concedida nesta sexta ao programa Opinião no Ar, da RedeTV!, apresentado por Luís Ernesto Lacombe, com a participação dos jornalistas Silvio Navarro, Rodrigo Constantino e Amanda Klein. Na entrevista, Weintraub disse que, em sua passagem pelo MEC, ele teve de enfrentar grupos organizados.

– Eu enfrentei três grandes grupos: [o da] a tradicional e velha corrupção, o pessoal da ideologia do marxismo cultural e os grandes grupos privados que estão tentando fazer o monopólio da educação privada no Brasil. Este terceiro grupo tem uma bancada grande no Congresso, distribuída por partidos de esquerda até partidos de centro – relatou.

O ex-ministro da Educação ainda criticou o que classificou como perseguição da CPI da Covid contra seu irmão, Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência da República.

Segundo parlamentares oposicionistas que integram a comissão, o irmão de Weintraub teria participado de um suposto “gabinete paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro.

– Eu vejo a perseguição aos Weintraub, a mim e ao meu irmão, simplesmente porque a gente fez muita coisa nesses últimos anos. A reforma da Previdência, por exemplo, foi a gente que fez. E não saiu melhor por causa do “Nhonho” – ironizou o ex-ministro, em alusão ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Weintraub completou dizendo que há um movimento global de doutrinação marxista, que conta com o apoio de diversas corporações e da grande imprensa. De acordo com o ex-ministro, o objetivo do grupo seria calar vozes conservadoras. A educação, segundo o ex-ministro, é um dos setores mais atingidos.

– É um movimento global. Esse movimento de doutrinação está ocorrendo em diferentes graus pelo mundo. No Chile, no Canadá, até nos Estados Unidos. O Brasil, por incrível que pareça, é um dos poucos países que têm chance de vencer essa batalha. Se a gente perder, provavelmente a América do Sul inteira vai cair para o outro lado. Já está caindo, mas aí consolida – finalizou.

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