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A pedido de Lula, Haddad aceita concorrer às eleições de 2022

Ex-presidente diz que já é hora de iniciar pré-campanha nas ruas

Thamirys Andrade - 05/02/2021 17h10 | atualizado em 05/02/2021 17h40

Fernando Haddad foi candidato à presidência em 2018, após Lula perder seus direitos políticos Foto: Reprodução

Fernando Haddad (PT) disse que aceitou concorrer à presidência da República em 2022 em nome de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão ocorreu após Lula o orientar a iniciar a pré-campanha em seu lugar. Para o ex-presidente, não há mais tempo para esperar o julgamento que pode revogar as condenações feitas pelo ex-juiz Sergio Moro e devolver os seus direitos políticos.

– Ele [Lula] me chamou para uma conversa no último sábado e disse que não temos mais tempo para esperar. Ele me pediu para colocar o bloco na rua, e eu aceitei – anunciou Haddad em entrevista à TV 247.

Haddad explicou que começará as agendas nos fins de semana com “precauções devido à pandemia”.

Nas eleições de 2018, o petista concorreu no lugar de Lula, após o ex-presidente ser barrado pela Lei da Ficha Limpa, devido à condenação em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá. O representante de Lula disputou com o presidente Jair Bolsonaro, mas perdeu no segundo turno com 44,87% dos votos válidos.

Atualmente, não apenas a sentença do caso do tríplex do Guarujá (SP), mas também a do sítio de Atibaia (SP) tornam o ex-presidente petista inelegível. Contudo, tramita no Supremo Tribunal Federal uma ação que acusa o ex-juiz Sergio Moro de agir com parcialidade. Caso o STF dê causa ganha para Lula, ele concorrerá a presidente nas eleições.

– Caso isso ocorra, ele [Lula] terá o apoio de todos nós – disse Haddad.

A suprema Corte prevê analisar o caso no primeiro semestre de 2021.

REAÇÃO DA ESQUERDA
O acordo entre Lula e Haddad não agradou outros nomes da esquerda cotados para 2022. Guilherme Boulos (PSOL), que disputou o cargo em 2018, argumentou que não é hora de lançar nomes, mas sim de “discutir o projeto”. Para ele, é necessário que a esquerda “busque unidade para enfrentar Bolsonaro”, que tem aparecido como vencedor em todos os cenários das pesquisas.

– PT tem direito [a ter candidato]. PDT já tem candidato, que é o Ciro. PSOL e PC do B têm direito e vão lançar [seu candidato] em seu momento. Mas pela situação dramática que o país está vivendo, a postura mais correta da esquerda é construir caminhos para a unidade, a fim de derrotar o bolsonarismo – escreveu Boulos nas redes sociais.

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