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A investidores, Ciro Nogueira diz que Lula “deu o que tinha que dar”

Senador chamou governo petista de "governo velho"

Pleno.News - 03/04/2025 15h38 | atualizado em 03/04/2025 16h48

Ciro Nogueira Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse que a direita brasileira está organizada e articulações para que ela assuma o protagonismo nas próximas eleições já começaram no Congresso Nacional. Em encontro com investidores promovido pela Legend Invest no auditório do BTG Pactual, o parlamentar afirmou que “o eleitor está pronto para migrar” e que “o governo [Lula] já deu o que tinha que dar”.

Para Nogueira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perdeu a capacidade de dialogar e a conexão com sua base eleitoral, e a resposta do Planalto a problemas econômicos e institucionais tem sido ineficaz.

– O governo reage com aumento de gasto público e slogans reciclados. Tudo é “nova” farmácia popular, “novo” Minha Casa Minha Vida, mas ninguém diz que tem uma nova avó. É um governo velho – afirmou na última segunda-feira (31).

Ao falar sobre as decisões econômicas do governo federal, o senador comparou o atual cenário com o que antecedeu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e negou que existam condições para o impedimento de Lula.

– A Dilma foi tirada porque ela tinha 7% [de aprovação]. O Lula ainda tem o peso de 30 [%], não tem como você decretar o impeachment do presidente. Não vai haver rompimento institucional, mas o Congresso vai segurar, funcionar como um dique.

A contenção diz respeito a frear medidas de taxação. Durante o evento, Ciro fez referência às propostas de tributação progressiva que miram faixas mais altas de renda.

– É um governo que só pensa em arrecadar, e o Congresso Nacional não pode permitir isso – explicou ao Estadão.

Nas palavras de Ciro Nogueira, a direita tem uma estratégia traçada para as eleições presidenciais, que, ressaltou, “vai ser o candidato do Lula contra o candidato do Bolsonaro”.

Caso o “escolhido” para enfrentar o presidente nas urnas seja o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), o senador acredita que o pleito “já está ganho”.

– A força do Bolsonaro está na transferência. Ele aprendeu com os erros e vai fazer uma campanha diferente – afirmou.

O senador esclareceu à reportagem que a ideia é “lutar pela candidatura até o fim”.

– Caso ele não possa ser candidato, ele vai escolher seu representante. O governador Tarcísio seria um ótimo representante, mas tem outros nomes colocados. A definição será do presidente Bolsonaro – contou.

Até o momento, quando perguntado sobre outro nome viável da direita para 2026, Bolsonaro tem repetido que não vai apontar um “sucessor” ou apoiar outra pessoa.

– Só depois de morto – disse o político conservador em uma das ocasiões.

Tarcísio, por sua vez, disse ter intenção de concorrer à reeleição em São Paulo.

*AE

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