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10 fatos que marcaram a política brasileira em 2018

Ano foi distinto pela forte polarização e pela mudança no governo do país

Henrique Gimenes - 30/12/2018 10h17 | atualizado em 30/12/2018 13h06

A política em 10 fatos Foto: Arte/Pleno.News

O ano de 2018 foi repleto de acontecimentos políticos grandiosos. Desde a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até a eleição de Jair Bolsonaro para o cargo máximo do Poder Executivo, o período ficará marcado principalmente pela polarização que tomou conta da população brasileira.

Ao final do ano, no entanto, o presidente Michel Temer se prepara para sair da Presidência e dar lugar ao novo governo.

Para ajudá-lo a lembrar dos principais eventos políticos que ocorreram em 2018, o Pleno.News preparou uma lista com 10 fatos:

LULA É CONDENADO EM SEGUNDA INSTÂNCIA
Em janeiro, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) julgou o processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do tríplex no Guarujá, em São Paulo. Por três votos a zero, os desembargadores decidiram manter a condenação por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Além disso, eles também elevaram a pena do ex-presidente para 12 anos e um mês de prisão.

Ex-presidente Lula foi condenado em janeiro Foto: EFE/Sebastião Moreira

INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO DE JANEIRO
Em fevereiro, o presidente Michel Temer assinou o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro. Com a medida, as Forças Armadas assumiram o comando das polícias Civil e Militar no estado até o dia 31 de dezembro deste ano. Além disto, o decreto, que foi o primeiro desde a Constituição de 1988, também impediu o Congresso Nacional de realizar alterações na Carta Magna, o que colocou a Reforma da Previdência, um dos objetivos de Temer, na geladeira.

Michel Temer, ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão Foto: Beto Barata/PR

MARIELLE FRANCO É MORTA A TIROS
Em março, a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, foi assassinada a tiros enquanto voltava para casa após evento no Centro da capital. Além dela, seu motorista, Anderson Pedro Mathias Gomes, também foi atingido pelos disparos e não resistiu. Uma das assessoras da vereadora sobreviveu ao ataque. O caso gerou grande comoção e ainda segue sem solução, apesar dos avanços nas investigações.

Vereadora Marielle Franco foi assassinada a tiros no Rio de Janeiro Foto: Reprodução Facebook

EX-PRESIDENTE LULA É PRESO
Em abril, os últimos recursos do ex-presidente Lula foram julgados e negados. Logo após, Sérgio Moro determinou que o ex-presidente se entregasse para cumprir sua pena de prisão. Depois de 24 horas além do prazo, Lula acabou se entregando e foi levado para a Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, no Paraná, onde segue até o hoje.

Entretanto, ao logo de 2018, o ex-presidente quase foi solto em diversos episódios. No mais importante, ocorrido em julho, o desembargador Rogério Favreto, plantonista do TRF-4, determinou que Lula fosse colocado em liberdade. A ordem, no entanto, foi descumprida pelo juiz federal Sérgio Moro. O relator do caso, João Pedro Gebran Neto, também emitiu uma decisão contestando Favreto. A questão só foi resolvida após o presidente do TRF-4, desembargador Thompson Flores, definir que Lula continuaria preso.

Chegada do ex-presidente Lula em Curitiba para cumprir a pena de prisão Foto: EFE/Antonio Lacerda

GREVE DOS CAMINHONEIROS
Em maio, os caminhoneiros do Brasil realizaram uma greve por todo o país e bloquearam diversas rodovias. Eles exigiam do Governo Federal a redução do preço do óleo diesel, fim de alguns impostos e tabela mínima para o preço do frete. A paralisação provocou o desabastecimento de diversos produtos em todas as regiões. O Governo anunciou um acordo com os grevistas, o que deu fim à greve.

Greve dos caminhoneiros provocou desabastecimento no Brasil Foto: EBC/Antonio Cruz

JAIR BOLSONARO É ESFAQUEADO DURANTE CAMPANHA
Em setembro, em plena corrida eleitoral, Jair Bolsonaro cumpria agenda de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais, quando foi esfaqueado na barriga. Ele foi levado para o hospital e precisou passar por uma cirurgia, além de colocar uma bolsa de colostomia. Seu agressor, Adélio Bispo, foi preso. Após as investigações, a PF concluiu que ele agiu sozinho, mas decidiu abrir um segundo inquérito para apurar os fatos. Já o Ministério Público (MP) denunciou Adélio por “praticar atentado pessoal por inconformismo político”.

O momento da facada em Jair Bolsonaro Foto: Reprodução

PROTESTOS A FAVOR E CONTRA BOLSONARO
Após o primeiro turno das eleições presidenciais, o clima de polarização do Brasil seguiu em alta. Com Jair Bolsonaro na liderança e seguido por Fernando Haddad, do PT, vieram as manifestações da população. No final de setembro, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra e a favor de Bolsonaro. Os atos também aconteceram em outros países.

Manifestação a favor de Bolsonaro e contra o PT, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília Foto: Reprodução

JAIR BOLSONARO É ELEITO PRESIDENTE
No final de outubro, o então candidato Jair Bolsonaro derrotou seu adversário Fernando Haddad no segundo turno das eleições e foi eleito o 38º presidente do Brasil. Com 55% dos votos válidos, Bolsonaro realizou um pronunciamento em transmissão ao vivo pela internet, onde exaltou a Deus pela conquista e disse que irá governar para todos com a Constituição e com a Bíblia. Em dezembro, o presidente eleito foi diplomado e afirmou que iria “resgatar o orgulho de ser brasileiro“.

Cerimônia de diplomação do presidente eleito, Jair Bolsonaro Foto: Agência Brasil/Valter Campanato

JAIR BOLSONARO NOMEIA SÉRGIO MORO
Pouco depois de sua eleição, Jair Bolsonaro escolheu o seu titular para o Ministério da Justiça, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condenação de Lula. Ele aceitou o convite logo no início de novembro e prometeu “implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos”. Para aceitar o cargo, no entanto, Sérgio Moro largou a carreira de magistrado.

O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro Foto: Reprodução

BOLSONARO DEFINE OS 22 MINISTROS DE SEU GOVERNO
O presidente eleito escolheu todos os seus ministros em novembro e dezembro. Dos atuais 29 ministérios do governo de Michel Temer, Jair Bolsonaro terá apenas 22 pastas. No dia 19, todos se reuniram com o presidente eleito para discutir as futuras ações de governo. Bolsonaro assumirá o mandato no dia 1º de janeiro.

Jair Bolsonaro se reúne com ministros em Brasília Foto: Reprodução/Twitter
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