Policial relata “vergonha” em ação contra os ‘300 do Brasil’
Agente disse que não havia nenhum indício de crime no local
Gabriela Doria - 23/06/2020 22h24 | atualizado em 23/06/2020 22h28
Um policial civil do Distrito Federal que participou da operação que cumpriu o mandado de busca e apreensão no QG dos 300 do Brasil classificou a ação como “vergonhosa”. Segundo um áudio enviado pelo agente, “não havia materialidade delituosa” no local.
– Entramos todos na casa, pesadão, de fuzil, e tinham dois senhores, só. Não havia materialidade delituosa nenhuma na casa, foi vergonhoso – disse em áudio obtido pelo site Brasil Sem Medo.
O agente também comentou que, como não havia provas, o próprio delegado reuniu camisas e objetos que estavam no local para tentar dar a impressão de que ali havia “demonstração de algum crime”.
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– O delegado falou que estávamos indo lá porque era um grupo de extrema-direita, poderíamos encontrar explosivos, armas de fogo, fogos de artifício e não tinha nada. Na imagem [com objetos encontrados na casa], colocaram aquelas camisas com as frases ‘Brasil acima de tudo, Deus acima de todos’, como se aquilo fosse a demonstração de algum crime ou associação criminosa – observou.
O policial encerra o áudio dizendo que os agentes irão “se reunir na DOE” (Divisão de Operações Especiais) para evitar que operações com estes resultados aconteçam novamente.
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