Policiais militares se organizam para atos de 7 de setembro
Agentes falam em "maior manifestação da história do país"
Monique Mello - 24/08/2021 12h17 | atualizado em 24/08/2021 12h40
Além de Brasília, policiais militares de São Paulo e do Rio de Janeiro se organizam para atos em apoio ao governo Bolsonaro, no dia 7 de setembro, feriado da Independência do Brasil. Grupos de WhatsApp foram formados por agentes tanto da ativa quanto da reserva.
Há a estimativa de que sejam enviados 82 ônibus e 16 vans do interior de São Paulo para a Avenida Paulista, local da manifestação, que estava sendo “disputado” com a oposição.
Em um grupo chamado Rota Eterna, policiais estão combinando de comparecer à manifestação usando as boinas da corporação. Os veteranos afirmam que não pegaram em armas, mas se posicionarão como “batalhão de vanguarda”.
– Participamos e resolvemos Canudos. Após três tentativas infrutíferas do governo federal, pediram ajuda ao nosso batalhão e, quando fomos, resolvemos o problema. Participamos de todos os movimentos e revoluções do país. Mas, agora, a missão é outra. Não falo em pegarmos em armas, mas [em] nos posicionarmos como batalhão da vanguarda e, no dia 7 de Setembro, unirmos forças e, mais uma vez, todos nós veteranos mostrarmos nossa força – escreveu um dos praças.
Já no Rio de Janeiro, haverá uma marcha de Niterói até a praia de Copacabana. A estimativa é de cinco ônibus lotados, de acordo com o grupo PMs do Brasil.
– Sangue nos olhos e muito amor no coração pela nossa pátria! Deus, pátria, família e liberdade! Que os bons se unam! – declaram os policiais, que afalam em “maior manifestação da história do país”.
POSICIONAMENTO DA PM
Em nota, a PM informou ser “uma instituição de Estado legalista, que tem o dever e a missão de defender a Constituição e os valores democráticos do país”.
– Postagens e opiniões expressadas por PMs em contas privadas de redes sociais, eventos oficiais públicos e na mídia em geral, quando atentarem contra as normas vigentes e tomarem contornos de ilegalidade, serão punidas com rigor – diz a nota, lembrando que as punições só valem para agentes da ativa, e não para os da reserva.
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