Polícia investiga repasse feito pelo PCC ao ex-zagueiro Cafu
Organização criminosa teria comprado terreno que pertencia ao ex-jogador
Paulo Moura - 08/10/2019 10h09 | atualizado em 08/10/2019 10h14

A Polícia Civil de São Paulo está investigando depósitos em dinheiro feitos pela facção criminosa PCC ao ex-jogador da Seleção Brasileira, Marcos Evangelista de Morais, o Cafu. A informação consta em um relatório que aponta registros de depósitos feitos ao ex-atleta. Investigadores suspeitam que o valor seria devido ao pagamento pela compra de um terreno ou um imóvel, que pertencia ao ex-zagueiro, em Alphaville.
Os repasses foram listados no celular apreendido com Décio Gouveia Luiz, o Décio Português. O aparelho é o mesmo em que foram encontradas mensagens com indicações de repasses, para advogados do PT entrarem com ações que tinham como objetivo derrubar uma portaria do Ministério da Justiça.
Décio, que foi preso no dia 14 de agosto, é comparsa de Marcola, um dos líderes da facção, e se transformou em uma das principais lideranças do PCC nas ruas após a prisão do chefe. Entre outras tarefas, ele era o responsável pela contabilidade da facção criminosa.
Procurado, Cafu negou ter cometido qualquer irregularidade.
– Não procede [essa história de] venda de imóvel, casa ou terreno. Nada disso procede, até porque eu não tenho nem terreno em Alphaville – afirmou.
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