Polícia apura se Jairinho bancou churrasco após morte de Henry
Festa foi promovida pela faxineira do casal
Gabriela Doria - 08/04/2021 21h40 | atualizado em 09/04/2021 10h17

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está apurando se o vereador carioca Dr. Jairinho (sem partido) pagou as despesas de um churrasco oferecido pela faxineira Leila Rosângela de Souza, que limpou o apartamento do parlamentar e de sua namorada, Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, no dia seguinte à morte do menino. A faxina ocorreu antes da chegada da perícia ao apartamento.
Segundo a polícia, o churrasco de Rosângela aconteceu no dia 27 de março, na praça Silvinha Teles, em Bangu, bairro onde Dr. Jairinho nasceu e onde exerce forte influência política.
DEPOIMENTOS CONFLITANTES
Logo após a morte de Henry Borel, Rosângela prestou depoimento na 16ª Delegacia de Polícia, na Barra da Tijuca. A faxineira deu uma versão diferente da apresentada por Monique Medeiros sobre a morte do filho.
Segundo Rosângela, no dia em que ela foi trabalhar, um dia após a morte do menino, Monique havia contado a ela sobre a morte de Henry. A princípio, Rosângela fez a limpeza do imóvel sem saber o que havia acontecido e, durante o trabalho, recebeu um telefonema de Monique, perguntando se ela já estava limpando o apartamento.
Rosângela respondeu que sim e disse que só faltava arrumar algumas coisas. Nesta hora, Monique disse a ela que tirasse o dia de folga. Um tempo depois, ao deixar o apartamento do casal, Rosângela encontrou Monique no hall de elevadores, sendo amparada por um casal. Neste momento, a mulher contou que o filho tinha passado mal de madrugada e havia morrido.
Já na versão Monique, esta afirma que não contou à empregada sobre o que aconteceu com Henry, nem mesmo no dia em que elas se encontraram no hall do prédio.
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