Plataforma censura livro de Sara após 5 anos de venda
Obra conta acontecimentos do período em que Sara Winter fez parte do Femen
Paulo Moura - 18/06/2020 13h26 | atualizado em 18/06/2020 13h35
Após ter a prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última segunda-feira (15), a ativista Sara Winter também teve seu livro censurado por uma plataforma digital. Intitulado Vadia, não! Sete vezes que fui traída pelo feminismo, a obra era comercializada há cinco anos pela Hotmart, plataforma de produtos digitais.
A justificativa da plataforma, em um e-mail enviado para a ativista na última segunda, foi de que o e-book não atendia a política de comercialização do market place. Apesar da alegação, o mesmo Hotmart disponibilizou o material ao longo de cinco anos, desde seu lançamento.
O ano de 2015, em que Sara lançou o livro, foi o início da conversão da ativista ao catolicismo após seu afastamento da militância feminista. A volta dela para igreja aconteceu após o nascimento do filho, Hector, segundo relatos da própria Sara. Durante a adolescência, ela fez parte da igreja, quando chegou até a atuar como catequista.
Na obra, Winter narra episódios ocorridos no período em que ela fez parte do Femen, movimento feminista conhecido por manifestações com o busto nu.
Entre os ocorridos, a hoje ativista pró-vida narra que foi deixada para dormir no frio por uma companheira de grupo e que as companheiras de movimento insistiam para que ela usasse cocaína mesmo contra sua vontade.
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