PGR pede que STF derrube voto impresso nas eleições
Para Raquel Dodge, medida aumenta possibilidade de fraudes e causará entraves ao processo
Henrique Gimenes - 05/02/2018 18h02 | atualizado em 06/06/2018 20h34
Nesta segunda-feira (5), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a obrigatoriedade do voto impresso nas eleições deste ano. De acordo com Dodge, a medida diminuiu a segurança da votação, além de ser uma violação ao sigilo do voto.
O ministro Gilmar Mendes será o relator do processo. Para a PGR, a “implementação da mudança potencializará falhas, causará transtornos ao eleitorado, aumentará a possibilidade de fraudes, prejudicará a celeridade do processo eleitoral. Elevará, ainda, as urnas em que a votação terá que ser exclusivamente manual”.
O voto eletrônico nas urnas eletrônicas foi instituído em 2015. Com ele, os eleitores poderão conferir se as informações contidas no papel são as mesmas da tela. Para Raquel Dodge, no entanto, “a obrigatoriedade do voto impresso não servirá ao propósito de conferir a higidez do processo de votação eletrônica e, ainda, causará entraves e embaraços ao sistema de apuração”.
A procuradora-geral pede que o Supremo suspenda a medida e afirma que, no pleito deste ano, somente 5% das urnas eletrônicas irão disponibilizar o voto impresso. Além disso, a PGR ainda cita um estudo feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que afirma que os custos para adaptar as urnas no país sairia por R$ 1,8 bilhão.
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